Mais de cem moradores do povoado de Izghe, no estado de Borno _ nordeste da Nigéria _, foram mortos por homens armados. Os responsáveis pelo ato violento seriam islâmicos, denunciou um senador da região neste domingo.

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– Até agora, segundo informações que recebi de Izghe, 106 pessoas, entre elas uma idosa, foram mortas pelos agressores, suspeitos de serem combatentes do Boko Haram. Sessenta mortos foram enterrados, e os outros ainda vão ser – disse à AFP o senador Ali Ndume.

Ndume também alertou que “os ataques (do Boko Haram) se tornam, a cada dia, mais frequentes e mais letais”. Antes das declarações do senador, o governador de Borno, Maina Ularamu, havia dito à AFP que pelo menos 60 pessoas haviam sido assassinadas.

Um agricultor, que disse ter escapado do massacre, contou que os agressores iam de porta em porta procurar quem quer que fosse.

– Os agressores vieram por volta das 21h30min (17h30min de Brasília) em seis caminhões e em várias motos. Eles usavam uniformes militares. Disseram para os homens se reunirem um lugar, e começaram a massacrá-los – declarou a testemunha, que se identificou como Barnabas Idi.

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Ainda segundo Idi, não havia forças de segurança na cidade quando o grupo chegou.

O Boko Haram diz lutar pela instauração de um Estado islâmico no norte da Nigéria, uma região de maioria muçulmana.

O ataque ocorreu no sábado, no povoado de maioria cristã de Izghe, em Borno, que se encontra em estado de urgência desde maio de 2013. As autoridades tentam pôr fim à rebelião islâmica que já deixou milhares de mortos nessa área desde 2009.