Pela primeira vez, o Brasil recebe uma exposição do pintor britânico Lucien Freud, morto em 2011, aos 88 anos. Lucian Freud – Corpos e rostos inaugura no dia 27 de junho no Museu de Arte de São Paulo (Masp), e permanece em cartaz até 13 de outubro. Em novembro, a mostra abre no Paço Imperial, no Rio de Janeiro. Oito salas do MASP vão abrigar 78 obras do artista – seis óleos, 44 gravuras e 28 fotos tiradas em seu ateliê por seu assistente David Dawson. Entre os destaques da exposição, estão Girl with roses (1948) e Naked girl with egg (1981). A curadoria é de Richard Riley e Delphine Allier, com colaboração de Teixeira Coelho.

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Muitos especialistas consideram Freud o maior retratista do século XX. Ele pintava figuras humanas com uma crueza provocativa. Seu sobrenome não é coincidência: ele é o neto do inventor da psicanálise, Sigmund Freud. Nasceu em Berlim, em 1922, e mudou-se com sua família judia para a Inglaterra aos 10 anos, escapando do nazismo. Em Londres, Lucien foi aluno da Royal Art College e se tornou amigo de Francis Bacon, com quem integrou a chamada Escola de Londres. Mas Freud sempre manteve um trabalho muito individual, sem aliar-se a movimentos artísticos. Hoje suas telas são vendidas por cifras astronômicas, como Benefits Supervisor Sleeping, arrematada por mais de US$30 milhões em um leilão na Cristhie’s, em 2008.