Mesmo com a chegada da vacina, os especialistas continuam reforçando a necessidade das máscaras para reduzir a transmissão da Covid-19 até que a maior parte da população seja vacinada. No entanto, para que elas sejam efetivas no combate à pandemia, é preciso escolher os materiais e modelos mais eficientes, além de fazer o uso correto.
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Conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), apesar de uma pessoa vacinada estar protegida dos sintomas de Covid-19, pois o sistema imunológico impede a doença de se desenvolver, ela ainda pode ser um vetor para o vírus e transmitir a infecção para quem não está imunizado.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já indicou que a imunização de rebanho pela vacinação não deverá ser atingida em 2021, por isso as medidas de contenção da pandemia, como o uso de máscaras, devem continuar sendo praticadas, pelo menos, até o fim deste ano.
Segundo o imunologista Daniel Mansur, mais do que a autoproteção, o principal papel da máscara é garantir que os doentes não transmitam a Covid-19.
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— A máscara é uma atitude social, de saúde pública. O que a gente quer é evitar que a pessoa que esteja infectada transmita. E aí elas passam a ser eficientes, como as máscaras cirúrgicas e as de tecidos. Se uma pessoa espirra ou está conversando bem alto, ela está expelindo um tanto de gotículas, e isso fica na máscara — explicou.
Por esse motivo, o imunologista destaca que, embora a máscara N95 (com um filtro de ar capaz de bloquear, pelo menos, 95% das partículas) seja a mais recomendada para a autoproteção, outros tipos também são efetivos para combater a pandemia e devem ser utilizados.
— A certificação da N95 para impedir que você transmita o vírus é de poucas horas, e não tem para todo mundo. Então, no final das contas, é melhor todo mundo usar e impedir que todas as outras pessoas sejam infectadas, do que não usar, porque não tem a máscara ideal.
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Os modelos de máscara mais seguros
Um estudo realizado por cientistas da Universidade Duke, nos Estados Unidos, e publicado na revista científica Science, comparou 14 tipos de máscaras. A pesquisa mediu a eficiência das peças, que variam entre formato, número de camadas e tecido, em impedir que as gotículas expelidas por uma pessoa se espalhassem pelo ambiente. Veja o ranking no infográfico:
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Como utilizar a máscara de modo correto
Além de escolher um tecido e formato que funcione como barreira contra o vírus, utilizar a máscara de modo correto é essencial para que a proteção seja efetiva. Veja como utilizar, lavar e guardar o acessório:
– A máscara precisa cobrir nariz, boca e queixo e estar rente ao rosto, sem frestas nas bochechas;
– Para pessoas que usam óculos, se eles ficarem embaçados significa que a máscara não está colocada adequadamente no rosto, ou seja, não está protegendo a pessoa;
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– Nas ruas, o mais recomendado pelos especialistas é ficar com a máscara o tempo todo, pois ao vestir e despir você pode entrar em contato com gotículas que ficaram na parte de fora da peça;
– No momento de tirar, segure pelos elásticos ou cordas. Nunca toque no meio da máscara;
– Caso a máscara esteja úmida ou rasgada, é necessário trocá-la;
– O tempo máximo para troca é de quatro horas, independente do material;
– Ao chegar em casa, lave a máscara reutilizável com água e sabão ou detergente, sem misturar com outras roupas, deixando de molho por, no mínimo, um minuto;
– A melhor forma de preservar a máscara, é colocá-la em um plástico. Tanto a peça suja, quanto depois de lavada.