Na terça-feira, dia 12 de setembro, abri o jornal “A Notícia” e dei de frente com uma foto de cinco bebês capivaras, e o texto dizia que andavam sumidas e agora reapareceram. Sumidas nada, estavam se preparando para nascer. E agora estão se mostrando, já que as mamães passaram cerca de 150 dias em gestação, quando nascem cerca de quatro a oito filhotes.

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As capivaras são consideradas o maior roedor entre todos os roedores, se reproduzem durante todo ano, já nascem com dentes permanentes e mamam durante quatro ou cinco meses. São bichos calmos e vivem em bandos, nos charcos, beiras de rios ou lagoas, e o rio Cachoeira, entre tantas atrações animais, serve de morada para uma quantidade respeitável delas. Ouvi dizer que são nativas da América do Sul, mas aos pouquinhos estão emigrando para a Flórida. Te mete!

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Um fato interessante é que não têm o menor respeito pelas pessoas, e quando querem atravessar a avenida Beira-rio, nem ligam para os carros ou pedestres, saem em fila indiana, a mãe na frente, e os filhotes atrás uns dos outros. Dizem, as pessoas do interior, e ponho o Rio Grande nesta conversa, que um churrasquinho de capivara é uma delícia. Mas eu jamais provaria um naco. Sou a favor da natureza preservada e, apesar de achar que as famílias “capivarenses” estejam se expandindo demais, não quero ver os bichinhos virarem churrasquinho. Adoro ver quando atravessam a avenida na maior despreocupação.

O Cachoeira é pródigo em bichos interessantes: tem o jacaré Fritz, que é parte do folclore da cidade; tem as garças-brancas-pequenas, que vivem em lugares degradados; e, ultimamente, até peixe tem aparecido, mas, por favor, não comam.

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Já falei muito sobre o desassoreamento do Cachoeira, mas sempre vem um laudo negativo, dizendo uma montes de coisas, sem muita explicação, e negando o trabalho. Enquanto isto, a fauna do rio cresce e se diversifica, atravessando o Centro da cidade e passando pela Prefeitura.

E nós ficamos apreciando o passeio das capivaras, que não são bonitas, mas são interessantes.