O dia 12 de maio de 2016 já entrou para a história, com o impedimento da primeira mulher brasileira a ser eleita como presidente do nosso País, a senhora Dilma Rousseff. Deve ter sido uma longa noite de choros e ranger de dentes, como diria minha avó. Não fiquei acordada para ver tanta gente notável usar mais de quinze minutos para dizer a mesmíssima coisa que o anterior tinha dito. Mas todos queriam aparecer, os prós e os contras, e pelo que ouvi dizer, dormiram ali nas poltronas mesmo, ou, como diria meu primo Dinarte, ficaram olhando para dentro.

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É, eu tenho uma família cheia de chistes, coisas lá do Rio Grande, onde cachorro no inverno fica rengo. Sabem o que é isto?

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Mas hoje de manhã, na falta do que fazer, fiquei vendo o final do ritual de ontem. Tudo dentro dos conformes. E não me passa pela cabeça que Dilma merecesse este castigo pelas coisas de que foi acusada. Acho que fez outras bem piores, como deixar que tomassem conta dos rumos dela, dos ideais dela, dos planos dela.

Deixou que impusessem a ela o jogo sujo dos outros, porque todos sempre fizeram, e eu não me sinto com conhecimentos políticos a ponto de fazer um julgamento, mas quando a obrigaram a um segundo turno, já se sabia que estava perdida a luta.

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Lulinha é um grande orador e convence facilmente no grito ou na conversa mole. Mas agora ele tirou a fantasia de bom moço e voltou a esbravejar como antes.

Não sei se trocamos seis por meia dúzia, mas pelo menos Michel Temer sabe falar, expressar seus pensamentos, é formado e este não será o primeiro diploma que ganha. Mesmo porque, nesta situação, nem sei se haverá um diploma, acho que no máximo um documento oficial.

Espero, sinceramente, que o País saia do buraco, que os mais antigos possam cantar novamente “Moro num país tropical, abençoado por Deus…”, como cantava o Simonal. Que o lindo discurso da senadora Ana Amélia Lemos tenha sido ouvido com atenção, que o recado do papa Francisco seja meditado.

Que não chamem mais o povo de ignorante político, pois antes ser isto do que ser um político ignorante.

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