Na verdade, eu deveria gostar de frio, porque vim lá dos pampas, mas nem assim gosto. Sempre tive horror de andar cheia de roupas, as mangas dos casacos não deixavam me mexer e ficava agoniada. Se não tiver sol, então, fico muito mal. Mas, felizmente, nesta semana, o sol está dando o ar da sua graça e me parece estar todo mundo mais feliz. Mesmo assim, acho que o mundo está de cabeça para baixo em relação ao tempo.

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Não só aqui em Joinville, mas no mundo todo, parece que chegou o apocalipse. E olhem que faz anos que os mais bem informados vêm alertando os povos sobre esta revolta climática. Mas ninguém deu muita importância.

Aí começaram os verões infindáveis, outonos trocando datas e invernos chegando antes, com tragédias horríveis, com chuvas muito fortes, temporais, ciclones e até um princípio de terremoto nesta terra que só tremia no Carnaval.

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Agora, depois da porta arrombada, ou seja, depois que começaram a ver que algo não vai bem, será que haverá tempo de fazerem alguma coisa que impeça a destruição das praias, a derrubada das encostas, o fim das geleiras e das florestas? Vou ser otimista, ao menos hoje, e confiar nos sábios deste planeta, antes que se vão todos deste mundo para outro.

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É horrível se ligar a TV e ver, sem poder fazer nada, as enxurradas carregando tudo ou a terra se partindo em pedaços por falta de água. Ultimamente, é oito ou oitenta, não há mais estações climáticas definidas. E há quem vá para São Joaquim e Urubici “curtir” uma geadinha.

E, hoje, estou aqui escrevendo sobre o que não gosto, de gorro de lã até as orelhas e uma manta bem quentinha no pescoço. E não esqueçam as criancinhas de rua. Leiam a poesia “Balada de Neve”, de Augusto Gil, que me inspirou o texto do dia 30/5/2016.

E bom frio para quem gosta, pois gosto não se discute.