A chuva que tem insistido em cair aprisionou minhas ideias em algum buraquinho cheio de água. Afogou minha imaginação e cada vez que olho para a rua, mais sinto que estou sem nenhuma inspiração pra escrever. No dia 12, foi o Dia das Crianças, outra coisa que me deixou sem assunto, porque não temos mais bebês ou crianças da família por perto. A minha vontade era puxar briga com alguém, botar os bichos para fora, mas, além de morar sozinha, estava com o telefone fixo mudo, só recebia, que nem pai de santo, e o celular sem carga. E mesmo assim, o fixo não tocou nenhuma vez o dia inteiro. É ou não é para deixar qualquer um revoltado?

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Fui para o Face e aí melhorou um pouquinho meu humor ao ver que as primas gaúchas, todas elas, postaram fotos de quando eram crianças. Dei muita risada e mandei recados para todas. Continuam com as mesmas carinhas daquele tempo, porque vi uma foto comemorativa delas há poucos meses e continuam reconhecíveis, apesar de umas mais gordinhas que outras, outras, como eu, de cabelo branco, mas reconhecíveis. Espero que não me roguem uma praga por dizer isto.

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Faz anos que não vejo aquela turma. Só que agora, com o Face, a coisa ficou mais fácil. Bato papo seguidamente com elas, mas volta e meia tenho de perguntar quem é aquela de vestido amarelo, ou aquele de camisa azul. São os da segunda geração, e estes eu não conheço mesmo. Imagina só os da terceira, visto que elas todas têm netos. Mas só eu tenho bisneto. Arre! Para alguma coisa serve ser a mais velha. Então mandei uma porção de mensagens para elas, paras minhas netas, para o meu bisneto. E me acalmei.

No dia 15, tivemos o Dia do Professor, a quem parabenizo, desejando que alcancem justiça e glória pelo seu trabalho. Lutem e briguem por sua dignidade. Ensinem às crianças que não existe país melhor que este, mostrem a elas as coisas que estão erradas e as ensinem a fazer as certas. Aticem o orgulho de serem brasileiros, entrem nas salas cantando o Hino Nacional. Pode ser que, aos pouquinhos, a Pátria volte a ser a mãe gentil.

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