Desde criança, os livros são minha companhia inseparável. Aprendi a ler antes de ir para a escola, porque minha mãe não aguentava meu excesso de energia e me pôs numa aula particular aos cinco anos. E não parei mais.

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Até vir para Joinville, fiz todos os cursos que quis, li tudo que passou pelas minhas mãos e sempre tenho de dois a três livros na mesa de cabeceira, para variar conforme meu humor. Mas quando criança, li todos os gibis da época: Capitão Marvel, Capitão América, Homem de Borracha, Mary Marvel (eu me sentia a própria!) e Super-homem, que eu achava o mais boboca.

Então, depois de toda a coleção de Lobato, passei para coisas mais dignas de uma mocinha, mas não deixei de lado os quadrinhos. Lembro que no Correio do Povo tinha um personagem metido a fino, de peito estufado, que sempre dizia umas asneiras bem fora do assunto, o Comendador Ventura.

Tempos depois, apareceu Iotti, e passei a adorar aquela família italiana das colônias de Caxias, um mais pirado que o outro, com um filho que quer se livrar deles e não consegue. Adoro!

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Mas, aqui, conheci o Armandinho, do Alexandre Beck, e me apaixonei por aquele gurizinho politicamente correto e nunca compreendido, nem pelos pais, nem pelos amigos, só pelo sapo de estimação. E é sobre a tirinha do dia 31 de maio, deste ano que quero falar. É um diálogo entre ele e o pai, que, diga-se, leva cada cacetada do filho que só vendo:

Pai – É… a gente não pode abraçar o mundo.

Armandinho – Como assim? Por quê? Não é justo! O mundo precisa de abraços!

Pois é, Armandinho, é sobre isto que falo sempre:abraços, muitos abraços. Até aqueles que os homens gaúchos dão, que quase botam os pulmões do outro para fora a tapas que se ouvem até da esquina. Eles dizem que é carinho. Acho que é mesmo.

Prefiro aqueles abraços macios, morninhos, de amor desinteressado, abraços de mãe e filhos, abraços de netos, de amigos, ou um abraço sem fim, como dei em Marilan, uma prima que eu não via há quase trinta anos e que veio para o meu aniversário.

Gosto de abraços, falo em abraços sempre que posso, acho que é a melhor maneira de a gente se comunicar. Por isto, encerro este texto dizendo para o Armandinho: não esquenta, guri. Um dia, todos vão ver que o mundo precisa de muitos abraços. Tomara que seja logo!

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