O sorriso estampado no rosto não esconde a alegria de ter chegado na semifinal da Copa do Mundo no Catar. Abdel-Aziz Bahsain, 54 anos, é marroquino e mora em Santa Catarina há 10 anos. Ele e a companheira, a brasileira Angela Carla Rasoprata, trabalham na feirinha da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) às quartas-feiras, vendendo comida típica do Marrocos. Com o bom desempenho da seleção de seu país, Abdel-Aziz está empolgado para acompanhar a partida contra a França.
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O marroquino, que ama o Brasil, além de cozinheiro também é artista plástico e professor de idiomas. Ele confessa que não esperava que o Marrocos fosse tão longe na Copa e projeta a partida contra a seleção francesa como uma das mais difíceis. Para ele o placar será que 1 a 0, já que o jogo do Marrocos prioriza o sistema defensivo.
“Vai ser bem difícil. A França tem dois mundiais e desde o Zinédine Zidane essa seleção mudou muito. É uma das melhores da Copa”, comenta o Abdel-Aziz lembrando do craque que conquistou o título mundial para a França em 1998. Mesmo assim, o marroquino continua esperançoso com a sua seleção.
Apesar de não ser uma das favoritas, a seleção marroquina não chega à toa na semifinal. Passou em primeiro na fase de grupos, superando adversários como a Bélgica, Croácia e Canadá. Nas oitavas de final, bateu a Espanha nos pênaltis. Nas quartas mandou Portugal de Cristiano Ronaldo para casa, vencendo com um gol de cabeça de En-Nesyri.
Fora o atacante En-Nesyri, o Marrocos tem muitos craques em campo que podem fazer a diferença na partida. Abdel-Aziz destaca o lateral Hakimi e o atacante Boufal. Ambos marcaram gols nesta Copa. Fora os jogadores de linha, o goleiro Bono tem sido muito importante para a equipe, realizando defesas difíceis e até pegando pênaltis.
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O bom desempenho do Marrocos tem despertado muito interesse. Além de bater grandes equipes, os marroquinos são a primeira seleção africana a chegar em uma semifinal de Copa.
O efeito Copa do Mundo vai para além das quatro linhas do campo. Ali na feirinha da UFSC é possível ver a barraca de comida típica cheia e os passantes declarando apoio ao Marrocos na competição. Abdel-Aziz fica cada vez mais empolgado e recebe todos com animação. Ele sabe que passar da França pode ser difícil, mas não impossível para os marroquinos que veem a história escrita diante de seus olhos.
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