A Guarda Costeira espanhola resgatou nesta terça-feira (4) três imigrantes subsaarianos a bordo de uma embarcação improvisada, na qual acredita-se que viajavam cerca de cinquenta pessoas, dadas como desaparecidas.
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“Supomos que os imigrantes se afogaram”, indicou à AFP uma porta-voz da Guarda Costeira, que lançou uma operação de resgate no perímetro.
Caso as mortes sejam confirmadas, será o naufrágio com o maior número de mortos nessa parte do Mediterrâneo desde o início do ano.
Desde janeiro, um total de sessenta imigrantes morreram no mar tentando alcançar a costa espanhola, segundo o último balanço divulgado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).
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A precária embarcação foi localizada a 28 milhas náuticas, aproximadamente 50 km, do sudoeste da ilha de Alborán, próximo a Melilla, no Marrocos, segundo o comunicado da Guarda Costeira.
Três homens, com entre 17 e 25 anos, foram resgatados. Eles “declararam que a bordo da embarcação viajavam mais de 50 pessoas, e que passaram vários dias à deriva desde que saíram da costa norte do Marrocos”, ressalta o informe.
Poderia tratar-se do barco procurado desde o domingo por aviões, helicópteros e um navio espanhol.
Os três imigrantes, “cansados e desorientados”, foram levados a Almería, onde foram hospitalizados, sem que pudessem dar mais detalhes a respeito da tragédia, informou um porta-voz.
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Na semana de 19 de junho, cerca de 600 imigrantes foram resgatados no mar próximo à Espanha.
De acordo com a OIM, 6.464 pessoas chegaram à Espanha pelo mar entre de 1º de janeiro e 25 de junho.
Desde o início do ano, ao menos 2.247 pessoas perderam a vida ou desapareceram ao tentar realizar a travessia do Mediterrâneo, segundo os últimos números obtidos pela OIM.
* AFP