Um dos galegos mais conhecidos de Florianópolis está de volta à Ilha com a missão de comandar o Avaí na busca pelo bicampeonato catarinense em 2013. Marquinhos Santos não é nenhum menino, mas, aos 31 anos, está com disposição de sobra para a quinta passagem pelo clube do coração.
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O meia, que chegou de Porto Alegre e já treinou entre os titulares na tarde de quarta-feira, foi apresentado oficialmente nesta quinta-feira e, na sala de imprensa da Ressacada, vestiu a camisa que considera como segunda pele. Ao lado do presidente João Nilson Zunino, do vice Nilson Macedo Machado, do Superintendente de Esportes Ênio Gomes e do gerente de Futebol, Júlio Rondinelli, Marquinhos mostrou que está de volta, de corpo e alma.
– A minha vontade sempre foi voltar. No dia em que saí para o Grêmio, disse ao presidente que estaria de volta e ele sabia que era verdade. Hoje estou de volta, e vivo um momento de grande felicidade. Foi o retorno mais esperado e o que me deixou mais feliz – afirmou o meia.
Amado pela torcida avaiana, Marquinhos provoca sentimentos contrários nos torcedores adversários. Ao longo de sua trajetória pelo Leão, colecionou polêmicas e provocações, como na vez em que dançou o “Créu” no Orlando Scarpelli. Dessa vez, pretende ser mais discreto, um pedido do próprio Zunino.
– O Zunino virou a casaca, se tornou amigo do presidente adversário. Então agora vamos ter que pegar leve com as provocações – revelou o ídolo, que, na primeira oportunidade que teve para cutucar o rival, deixou claro que o sentimento de rivalidade ainda estará muito presente.
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– Muitos pensam que o Avaí teve um ano ruim em 2012, mas eu penso diferente. Nós fomos campeões estaduais no primeiro semestre, e, infelizmente, não subimos. Mas para mim, mal mesmo seria ter perdido o Catarinense e depois caído – disse o meia antes de ser cutucado por Zunino, situação que provocou muitas risadas da Sala de Imprensa do clube.
Pela primeira entrevista oficial, logo se vê que Marquinhos mantém o bom humor e a moral elevada com os dirigentes do clube. Querido também pelos funcionários, o meia descartou assumir o papel de estrela.
– Todos trabalhamos juntos aqui no Avaí. Sempre foi assim e não vai ser diferente. Os jogadores, dirigentes, treinadores, somos uma família que trabalha junta pelo bem do clube. Sozinho não vou fazer nada – declarou.
A dúvida da 10
Com o possível retorno de Cleber Santana, a dúvida de quem vestirá a 10 surgiu na Ressacada. Sem se preocupar com isso, Marquinhos acredita que, se Cleber realmente retornar, acrescentará muita qualidade ao grupo e, juntos, os dois podem levar ao clube ao bicampeonato estadual.
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– Nosso elenco é muito bom. Daqui a três meses, vocês vão ver o que essa garotada vai estar produzindo. E se o Cleber chegar, vamos dar um salto grande. Podemos até fazer uma camisa especial, ele ou eu podemos usar o número 9+1. O outro usa a 10 – brincou o ídolo, que, apesar de botar fé no elenco do Avaí, acredita que o Criciúma entra como favorito e até certo ponto tem a obrigação de brigar pelo caneco.
– Quando estávamos na Série A, sempre disse que éramos favoritos. Hoje a situação é outra, o Criciúma está na A e tem a obrigação de vencer. Se não vencer, é zebra. Nós vamos brigar e lutar pelo título, temos condições pra isso, principalmente após a minha chegada e do Eduardo Costa, que é um grande jogador e um grande amigo. Mas vamos com calma – ponderou o ídolo.
Depois de um ano e meio, Marquinhos está de volta e pronto para um novo desafio em sua quinta passagem pelo Leão. Lembrando o acesso de 2008, o galego da Ressacada espera uma nova façanha.
– Esse grupo é parecido com aquele. Jogadores experientes e jovens juntos, temos um espírito vencedor. Quanto a mim, podem acreditar que não vai faltar vontade, dedicação, espírito de equipe e liderança. Acredito que muita coisa boa vem pela frente.
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