Em cada gesto ou movimento, M10 demonstra fazer força para completar a última semana de treino da carreira. No sábado, independentemente de entrar em campo ou não, ele e o Avaí viverão um jogo importante. Ao clube, é o último do ano, em casa, às 17h, contra a Ponte Preta, que vale o retorno à elite. Para o ídolo é o último como meio-campista de futebol profissional. Por isso, o quase ex-atleta faz o que pode para desfrutar os instantes derradeiros da carreira.

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– Desde 2016 me incomodam o joelho e o quadril, e vão continuar doendo para sempre. Se fosse para parar por causa de dores, tinha encerrado em 2013 ou 2014. Mas tenho uma força que não sei de onde vem, se é da Ressacada, se é da torcida ou se é dessa camisa. Eu tiro forças de onde não sei – conta Marquinhos, em mais uma das muitas declarações de amor ao clube.

A expectativa é que o final seja feliz. Mesmo com empate, o Leão consegue atingir o objetivo da temporada. Se alcançado, será como um título sem troféu para todo elenco e para a torcida do Leão. Para Marquinhos será um pouco mais: o cenário ideal para dar tchau à bola e às chuteiras.

– Estou à disposição para a partida, mas a gente não fez um trabalho especifico. Estou muito empolgado porque jogaremos na Ressacada, onde quem manda é o Avaí e nela sempre rendi o futebol que espero. Seja o tempo que for, estou à disposição. Já digo que esse não é o jogo de despedida do Marquinhos, de consagração de Betão ou outro jogador. Esse jogo é do Avaí e para botar o clube na Série A. A maior homenagem pra mim é colocar o Avaí na Série A. Será o maior título da minha vida – declarou o veterano.

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Filme da carreira passa pela cabeça

Morador da parte continental de Florianópolis, Marquinhos confessou na última entrevista coletiva como atleta profissional que tem cruzado a ponte rumo ao bairro Carianos, onde fica a Ressacada, com lágrimas nos olhos. Não há tristeza pelo ponto final da carreira. Como todo jogador de futebol, viu o tal “filme na cabeça” e nele estão os bons momentos como atleta do clube que ama. Os pensamentos também fazem imaginar o futuro breve. No sábado, por mais que esteja em campo e ainda tenha a chance de fazer o último gol da carreira, o Galego sonha com o gol de um companheiro de equipe.

– Queria que fosse o Pedro Castro. Ele luta muito, ajuda muito e é crucificado. Foi comparado comigo ainda no ano passado, todo mundo pegou no pé, vaiavam ele e o cara sentia. Eu, quando era vaiado pela torcida do Figueirense, parece que ganhava ainda mais força. Mas a sua própria torcida é falta de consideração com que o atleta fez. Mas tomara que minha boca seja santa e ele faça o gol do acesso. Torço muito por ele – projeta o agora quase ex-jogador e para sempre ídolo azurra.

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