Marquinhos Santos chegou ao Figueirense prometendo exercer com maestria no clube seu slogan: “dias mais longos, noites mais curtas”. Isso é só um exemplo de como ele encara a missão de salvar o clube do rebaixamento da Série A do Campeonato Brasileiro.
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Confira a tabela da Série A
Essa foi a terceira vez que o Furacão procurou Marquinhos Santos e finalmente os dois se acertaram. O treinador estava no Fortaleza, clube que conquistou o título cearense e que no último domingo classificou para as quartas de final da Série C, deixando o time próximo do acesso. O contrato com o Alvinegro será até dezembro de 2017, um pedido do treinador e que o presidente Wilfredo Brillinger entendeu ser necessário para poder projetar um projeto a longo prazo.
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— Ele pediu e nós entendemos que é importante. Vamos fazer uma campanha de recuperação e vai chegar no final do ano com muitos interessados e não podemos perder ele, se não vamos ter que começar tudo de novo no início do ano que vem — explicou Brillinger.
Marquinhos Santos trocou o Fortaleza pelo Figueirense por ser um desafio.
— Foi uma decisão difícil, porém, eu digo que o trabalho realizado no Fortaleza, teve começo meio e fim. O grupo está pronto e preparado. Eu não aceitaria trocar o comando se faltasse algo para o acesso. Eles abem da ética e respeito que tive sempre com o Fortaleza. O desafio é que me fez decidir, encarar e ir junto com esses atletas e torcedores para fazer um trabalho que marque o clube. Da mesma forma que aceitei o convite do Fortaleza e deixamos time lá por uma vitória do acesso. A partir de agora esse momento é o foco no Figueirense, estou 110% focado em tirar o clube dessa situação.
Junto com Marquinhos, chegam ao Furacão dois auxiliares técnicos Edison Luis Ferreira Borges e Glydiston Egberto de Oliveira, esse último que foi preparador físico no Fortaleza.
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Confira a entrevista coletiva de Marquinhos Santos:
O que o torcedor pode esperar?
Primeiramente, imenso prazer em comandar o Figueirense. Por duas oportunidades quase aconteceu e não foi possível. A oportunidade agora eu não tive dúvidas em assumir o clube, independentemente do momento, por mais que se mostre delicado. Podem esperar que os dias serão mais longos e as noites mais curtas. Quando se fala de Figueirense se fala de raça, dedicação e um time que jogue para frente buscando a vitória e a gosto do seu torcedor. Isso para que possa o Scarpelli voltar a ser um caldeirão. Algo que se perdeu nesse ano. O torcedor deixou de vir para o estádio e precisamos dele de volta. Precisamos recuperar primeiro a confiança do elenco, autoestima, para que essa sinergia com a arquibancada e campo possa incomodar os adversários novamente.
A missão de tirar o time da zona de rebaixamento
Eu tive duas oportunidades semelhantes no Coritiba em 2012 e 2014. Em 2014, o cenário era até mais preocupante. Faltavam 17 rodadas e estávamos a 12 pontos do primeiro time fora da zona de rebaixamento. Eu acredito que esse grupo tem potencial. Eu avalie o elenco e vejo potencial. Sei que se em outras instituições eles foram muito felizes na conquista de grandes resultados, aqui no Figueirense nós vamos procurar fazer com que também colha esses resultados.
Suporte diferente por trabalhar com a base
Uma condição que no início de carreira me deu essa oportunidade de passar pelas categorias de base do Atlético-PR, Coritiba e seleção brasileira. Isso me embasou, me trouxe maior conhecimento, não cai na função de treinador de paraquedas. Procurei me especializar, dedicar e estudar sobre essa função. Eu almejo sempre um conhecimento maior. A perfeição nunca vai acontecer, mas vamos buscar sempre. Sou um profissional apaixonado por aquilo que faz. Meu slogan é: ¿Os dias são mais longos e as noites são mais curtas¿. Esse desafio me motiva, isso me encanta. A minha carreira é curta, sempre com grandes desafios e tenho certeza que esse grupo vai dar a resposta de imediato, daquilo que entendemos ser um modelo de jogo.
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Como conquistar um grupo e ser líder
Primeiro é o respeito, a honestidade e a sinceridade. Quando você trata com jogadores você tem que dar a liberdade, mas sem a libertinagem. Acho que com isso você ganha o respeito do grupo. Sou tranquilo e sereno aqui com vocês, mas no vestiário sou muito enérgico, motivador, mas com muito conceito tático. Não perco esse conceito motivador e é o que me mobiliza.
Uma decisão a cada rodada
É um campeonato de 12 rodadas, é um campeonato que se termina na 38ª fora da zona de rebaixamento estará valendo. Temos que buscar o maior e o melhor, temos que mirar a primeira parte da tabela. Temos seis jogos em casa, seis decisões. Procurar com qualidade ter os resultados esperados. Eu tenho a certeza e convicção tamanho o empenho. O primeiro contato, como que vi no vestiário, me agradou, Ao entrar no vestiário ver a motivação dos atletas, é natural pelo momento eles estarem com a confiança baixa, mas a partir desse momento vamos trabalhar.
Como vê a briga contra o rebaixamento
É uma briga muito próxima, diferente dos anos anteriores, que já se definia os blocos de quem iria brigar com o título, Libertadores e rebaixamento. Esse ano tem acontecido uma situação numérica diferente dos últimos anos. Ainda está tudo muito próximo, temos condições de conduzir, é um ponto apenas para sair não é terra arrasada, em três compromissos podemos colocar o Figueirense em uma situação diferente da tabela.
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Jogadores que conhece
Desde que assumi o compromisso com o Figueirense eu passei a estudar o elenco, passei a observar e os conhecia. Estou embasado com números da temporada. E quando você tem o contato como foi o Ayrton e o Pará, isso facilita, mas não é o diferencial. O diferencial é o dia a dia. É ir a campo, observar em treinamento e conversar dentro dos treinamentos para que a gente tenha a competência para conquistar os pontos necessários para sair da situação que se encontra nesse momento.