O alívio do capitão Marquinhos, do Figueirense, é, no mínimo, do mesmo tamanho da pressão vivida nas rodadas finais do Campeonato Brasileiro. A fuga do rebaixamento só veio na vitória de domingo sobre o Fluminense, no Orlando Scarpelli, que o paulista de 33 anos viu fora do campo. Suspenso, ele viveu a dramaticidade do camarote do estádio. Diz que a comemoração passou. Agora, só pensa em refletir e dar um 2016 melhor aos alvinegros.
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Em vídeo, Marquinhos conta como foi torcer para o time fora de campo:
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Figueirense vence o Flu e garante a permanência na Série A
Com contrato até o fim de 2016, o experiente zagueiro diz estar feliz no clube em que foi bem acolhido. Garante que a família gosta de Florianópolis. Motivos suficientes para ele cogitar estender o vínculo com o Furacão. Fala em encerrar a carreira no Scarpelli, mas nem tão cedo, e quer brigar por “coisas maiores” na próxima temporada, pois a lição foi aprendida: comemorar permanência na Série A é muito pouco.
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Confira a classificação final da Série A
Confira a seguir um bate-papo que o capitão alvinegro teve com o DC nesta segunda-feira, em que faz um balanço do 2015 alvinegro e projeta o que esperar para o ano que vem.
Missão cumprida
A gente fez a obrigação de deixar o Figueira onde pegou, que é a Série A. Lógico que, pela situação, comemoramos em campo, no vestiário e à noite, com a família. Mas depois disso a euforia maior é com a torcida. Nosso papel de deixar a equipe na Série A foi feito.
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Avaliação da temporada
Comemoramos também por um ano legal. Fomos bicampeões catarinenses, fizemos uma Copa do Brasil muito boa, eliminando o rival (Avaí). E um jogo como o de domingo decide tudo. Se acontecesse ao contrário do que foi, iam falar muita coisa. E com a permanência na Série A, que era o primeiro objetivo do clube, a gente consegue fechar bem a temporada.
O que mudar para 2016
Precisa ter planejamento. É você saber montar um elenco. O ano que vem vai ser muito forte. Ainda tem uma competição nova, a Copa Sul-Minas-Rio. Então, com certeza, a gente vai ter que ter um grupo maior e mais qualificado. O planejamento vai ser muito importante. O pessoal do clube tem esta noção. Em 2014 falamos que 2015 seria melhor, e acabou não sendo. Nós jogadores temos nossa parcela nisso.
Futuro no Figueira
Como já falei anteriormente, quero ficar aqui um bom tempo. Quero encerrar aqui. Não é que vou encerrar em dois anos, não. Estou me preparando para jogar mais quatro ou cinco anos. Aqui há pessoas honestas e isso é difícil de achar no futebol hoje. Não adianta ter vontade, minha família estar bem na cidade se o clube não é correto. Isso me faz querer ficar e fazer história aqui.
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Objetivos maiores
Nós jogadores temos que colocar na cabeça que temos que pensar grande, brigar por coisas maiores no Campeonato Brasileiro. E temos que colocar em prática. Acho que quando se inicia a competição se fala primeiro em permanência, mas não se pode focar só nisso. Quanto mais cedo o time fizer essa pontuação no campeonato, mais chance tem de almejar algo melhor.
Exemplo que vem da Ponte
A gente viu a Ponte Preta, que estava em uma fase do campeonato brigando pela parte de baixo. Tiveram uma sequência boa e no final brigaram pela Libertadores. Então, é importante ter regularidade e sequência boa de resultados, coisa que não tivemos neste ano. Isso dificultou bastante. Tem que ter regularidade e pensar grande.
Ajuda corintiana
Domingo foi uma alegria em dose dupla. Tenho uma história no Corinthians, e agora aqui também. Então, fiquei muito feliz de o alvinegro ter ajudado a gente. Uma felicidade muito grande, porque a pressão em nós jogadores era enorme, e isso muda tudo. Nossas férias, o momento de curtir a família, é diferente.
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