As palavras escritas não conseguiriam expressar o que a Ressacada viveu após os 90 minutos de Avaí 3 x 0 Náutico. Porque o pulso do estádio era um só e medido em emoção. Um sentimento azul de contentamento. E para êxtase da galera: com assinatura do ídolo Marquinhos, autor dos dois gols, e de Romulo, atacante que volta a marcar após jejum de sete jogos.
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O batimento cardíaco somado dos fanáticos era acelerado e não poderia ser descrito, apenas vivenciado por quem estava no estádio. Um sentimento azul de alegria por estar muito próximo do que parecia impossível até muito pouco tempo, a elite do futebol brasileiro.
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Tratou-se de um grande passo para a expiação. A purificação da alma azul finalmente está chegando. Afinal, o acesso alimentará o coração dos avaianos com boas novas depois de dois anos brigando para não cair no Catarinense, do próprio rebaixamento à Série B, da morte de um grande líder, o ex-presidente João Nilson Zunino, e da renúncia do presidente Nilton Macedo Machado.
Veja como foi o gol de M10. Avaí 1×0 Náutico pic.twitter.com/hIg5WGTcCL
— DC Esportes (@esportesdc) 12 de novembro de 2016
Agora são cinco pontos de vantagem sobre o adversário desta tarde/noite, o Náutico, com seis pontos em disputa nesta reta final. Destes, um jogo fora contra o Londrina e um em casa, contra o Brasil. Portanto, o Leão da Ilha fica com um pé na Série A, questão de detalhe, de manter o foco, a concentração e, claro, a tradicional raça avaiana.
Nos demais resultados de interesse para os avaianos, o Vasco superou o Bragantino, por 2 a 1, e o Londrina visitou e ganhou do Sampaio Corrêa, por 2 a 1. O Bahia jogava às 19h30min contra o Luverdense.
A festa azul demorou um pouco para explodir. O primeiro tempo começou absolutamente equilibrado e em ritmo de estudos das duas equipes. Tanto que somente aos 10 minutos surgiu o primeiro lance com mais emoção. Diego Jardel fez jogada pela direita, encontrou Romulo na entrada da área, este arrematou com perigo.
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Confira o gol de pênalti de Marquinhos, o segundo do Avaí sobre o Náutico pic.twitter.com/T1Iu2zxoUR
— DC Esportes (@esportesdc) 12 de novembro de 2016
Demorou mais nove minutos para um goleiro trabalhar e desta vez foi Renan, em grande cobrança de falta de Vinícius. Ou seja, apenas duas chances de gol em 20 minutos de jogo, demonstrando toda a cautela dos dois times.
Quando o jogo está sem soluções, só há uma solução: chama o síndico. E o Avaí chamou. O Galego, o cara diferenciado, o ídolo, o cara que nunca foge à responsabilidade.
Numa falta na entrada da área, aos 24 minutos, ele fez mais uma de suas habituais cobranças perfeitas, sem chances para o goleiro, com precisão cirúrgica, e estabeleceu o 1 a 0 no placar.
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Aos 40 minutos, por pouco, Marquinhos não repete a dose: nova cobrança, desta vez em posição um pouco menos privilegiada, mas com a mesma qualidade: desta vez a bola explodiu na trave.
Mas o destino queria que Marquinhos novamente acertasse o alvo. Numa falta dentro da área de Igor, sobre Romulo, o árbitro marcou pênalti: ele, o maestro azul, garantiu o segundo gol, aos 47 minutos.
No segundo tempo, o Náutico saiu para o jogo, já com duas substituições, sendo uma delas a entrada de Maylson, conhecido do torcedor catarinense. O time ficou mais agressivo e o Avaí especulando contra-ataques.
E o modelo adotado pelo time de Claudinei Oliveira se mostrou mais efetivo. Logo aos 6 minutos, Romulo marcou o terceiro gol e ampliou a vantagem.
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O Avaí tinha o jogo controlado e ainda foi ajudado pela expulsão de Maylson, que cometeu falta violenta em Marquinhos.
O craque, aliás, aos 36 minutos, foi substituído por João Paulo e saiu de campo aplaudido de pé pela galera.
AVAÍ 3
Renan; Alemão, Fábio Sanches, Betão, Capa; Luan, João Filipe (Judson), Renato, Diego Jardel, Marquinhos (João Paulo); Romulo (Vitor, A). Técnico: Claudinei Oliveira
NÁUTICO 0
Julio Cesar; Joazi, Igor Rabello (A), Rafael Pereira, Gastón Filgueira (A); João Ananias, Rodrigo Souza (Tiago Adan), Marco Antônio (Maylson, V), Vinícius; Rony e Bergson (Negretti). Técnico: Givanildo de Oliveira
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Gols: Marquinhos, aos 24 e 47 minutos (1ºT); Romulo, aos 6 minutos (2ºT)
Arbitragem: Diego Almeida Real, auxiliado por Jose Eduardo Calza e Alexandre A Pruinelli Kleiniche (trio do RS)
Renda e Público:
Local: Ressacada, em Florianópolis