Melhor jogador do Avaí em campo no empate em 3 a 3 com o Guarani nesta quarta-feira, o capitão Marquinhos usou palavras duras para definir o desempenho do time. Para o galego, o primeiro tempo foi vergonhoso e o empate na segundo etapa veio na base da vontade, sendo que o time não mostrou um futebol digno.
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– Vergonha é o mínimo que podíamos mostrar. Tecnicamente, não mudou muita coisa, mas a vontade foi suficiente para pelo menos empatar. Não era o que queríamos e nosso rendimento está muito abaixo do esperado em uma competição que entramos como favoritos – reclamou o capitão, autor de dois gols na partida.
Marquinhos comentou também a situação do treinador Sérgio Soares, que já balança no cargo e, após a partida, participou de uma breve reunião com a diretoria. O galego demonstrou confiança no trabalho do treinador e o isentou da culpa pelo mau resultado.
– Muitos culpam o treinador, mas não adianta ele pedir, se nós não fizermos o que ele pede. O Sérgio é o nosso treinador, tem o apoio dos jogadores e, para a gente, é muito importante que ele permaneça. O que tem que mudar não é treinador, mas a atitude dos atletas dentro de campo – afirmou o capitão do time, que aproveitou a chance para dar uma cutucada nos críticos.
– O Sérgio foi o cara que me ligou, que pediu para eu vir ao Avaí. Aliás, algumas pessoas achavam que eu estava vindo para aproveitar a mordomia que a cidade apresenta para mim, mas queimaram a língua.
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Time tem passado vergonha
A dura de Marquinhos não parou por aí. Perguntado sobre o que fazer para mudar a situação do time, Marquinhos soltou o verbo.
– Se não jogar, não tem remédio. A gente está demorando muito para entrosar. A tradição, as glorias, as conquistas e a torcida vão ajudar. Mas se dentro de campo não correr, não adianta. E a gente tem que batalhar bastante, porque estamos passando vergonha. Se a gente não aprender com essa situação, temos que rever tudo. Só depois que passamos vergonha é que fomos correr atrás – afirmou o galego, que aproveitou para, mais uma vez, pedir reforços à diretoria.
– É claro que precisamos nos reforçar, todos sabem disso. Mas a situação financeira do clube não é boa, então tem que cuidar para não dar passo maior que a perna. Antes de contratar, temos que jogar bem com os jogadores que temos.