Apesar de ser meia, Marquinhos não se contenta em montar jogadas e dar assistência. Ele gosta de balançar as redes, bater no escudo do Avaí e correr para a torcida. Matador em bolas paradas, a torcida azurra viu sair de seus pés o gol do acesso à Série A no ano passado – o segundo em suas passagens pelo Leão.
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Gostando ou não, status de ídolo ele já tem. Mas neste Catarinense, M10 pode acrescentar mais duas marcas na história do seu clube do coração. Além de completar 300 jogos com a camisa do Leão, Marquinhos está a sete gols de se equiparar com Décio Antônio como o maior artilheiro da Ressacada, inaugurada em 1983.
A distância ficou maior com três gols recém-descobertos do ex-atacante, mas ele garante que, mesmo com a chegada do ex-companheiro de Grêmio, André Lima, ele alcançará essa marca.
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DC – Você está perto de se tornar o artilheiro da história da Ressacada. No fim do Brasileirão, quatro gols o separavam do recorde do Décio Antônio de 54 gols no estádio. Você acredita em alcançar o recorde neste Catarinense?
Marquinhos – Também achava que eram quatro, mas parece que descobriram mais uns dois ou três dele (risos). Por mim tranquilo. Podem ser mais sete, mais seis. Eu tenho na minha cabeça que eu vou conseguir, não sei se no Catarinense, mas no ano sim. Independente de cada vez que eu me aproximo do recorde eles vão ao cemitério achar gol morto, mas tranquilo. Isso é uma coisa que eu quero, quero muito. É um objetivo muito legal para um jogador que foi criado aqui, poder retornar e bater todos os recordes.
DC – Na sua passagem pelo Grêmio, você e o André Lima fizeram uma boa dupla. Com a chegada dele agora ao Leão e esse recorde tão próximo, qual será a prioridade? Ajudar o atacante ou alcançar o Décio?
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Marquinhos – Se eu puder bater esse recorde no primeiro jogo, eu quero fazer! Nesses últimos dois anos não só fui o cara que deu mais assistência no Avaí, mas também o que mais marcou gol. A gente fica contente de não só dar assistência, mas também marcar. Porque a gente sabe que assim vai estar ajudando o time. Mas meu objetivo sempre é, pela função que eu jogo, dar assistência para os ataques. Mas se eles não quiserem fazer gol, eu entro na área e faço o meu!
DC – Desde o início do ano no Avaí se fala muito no título do Catarinense, que essa é a prioridade. Dirigentes e jogadores já comentaram que a volta da hegemonia no Estadual é importantíssima. Pelo Avaí ter voltado a ser um time de Série A, essa pressão pelo 17º título aumenta?
Marquinhos – O Avaí sempre entra para brigar pelo título, independente de ser Série A ou não. Ser campeão ou não depende da temporada que a gente vai fazer. Mas isso acaba se tornando uma obsessão de todos para conseguir vencer. A gente sabe que está empatado com o rival (Figueirense) com 16 títulos cada um e a gente quer é vencer e ficar na frente. Se formos ver, dos campeonatos que a gente vai disputar, esse é o título que a gente pode ganhar. Temos forças iguais a todo mundo.
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DC – A artilharia neste ano será acirrada. Os times têm se reforçado bastante contratando nomes de peso. A Chapecoense com o Roger, o Marcílio com o Schwenk, o Rafael Costa no JEC…
Marquinhos – Vamos ter vários jogadores experientes, que dispensam comentários. O que só valoriza o campeonato e deixa mais acirrada a briga pela artilharia. Mas para ter uma artilharia, precisamos de um conjunto forte. Até para se apontar um artilheiro vai ser complicado.