O gerente de futebol do Avaí, Marquinhos Santos, participou do Debate Diário desta sexta-feira (21), projetando a final do Campeonato Catarinense, diante da Chapecoense. Na visão do dirigente, as duas melhores equipes do estadual chegaram à decisão. Para ele, no entanto, o time azurra ainda não alcançou todo o potencial que pode levar ao campo.
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— Acho que temos muito a crescer, nosso time tem muita qualidade. Acho que, do meio para a frente, com a equipe que temos, precisamos finalizar muito mais. Nosso time às vezes não acredita no potencial que tem. Falta mais iniciativa, acreditar. Nosso time tem craques, jogadores de nome, que as pessoas não pensavam que viriam ao Avaí. Mas é o jogo que determina. A gente treina todo dia, tem que fazer no jogo — afirma Marquinhos.
Falta iniciativa, porque qualidade temos de sobra
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Durante a entrevista, que teve também a participação do ex-zagueiro Neto, superintendente de futebol da Chapecoense, o dirigente avaiano analisou a diferença da produção ofensiva das equipes. Enquanto o Verdão do Oeste marcou 32 gols no Campeonato Catarinense, o Leão da Ilha fez 14. Marquinhos enalteceu a figura do artilheiro Perotti, que marcou 14 gols no estadual.
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— A Chapecoense tem isso tudo porque o Perotti está fazendo gol até com pensamento. A gente tira o chapéu e enaltece. Ainda tem um time redondo, que vem do ano passado, muito bem treinado. Agora acredito que vai fazer ainda mais, porque o Mozart tem uma parte ofensiva ainda mais efetiva do que o Louzer. Ele dá muita ênfase a essa parte — analisa o gerente de futebol do Avaí.
Ouça a entrevista com Marquinhos no Debate Diário desta sexta-feira (21):
Marquinhos comentou a mudança no perfil de jogo do técnico Claudinei Oliveira, que passou a ser mais ofensivo na atual temporada. Enquanto M10 jogava, o estilo aplicado pelo treinador era o “reativo”, com uma postura defensiva e aposta nos contra-ataques. Agora, o time ocupa o campo adversário, tenta sufocar com a chamada marcação alta, e tem produzido mais oportunidades no ataque.
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— A gente acredita que o nosso time tem muita qualidade para resolver. Tivemos aproveitamento de acesso com o Claudinei, mas ele chegou tarde. A retirada do Geninho demorou. O Claudinei vem trabalhando muito a parte ofensiva. A organização defensiva a gente já sabia, mas agora damos um passo à frente para propormos jogo. Os jogadores também compraram a ideia e abraçaram a causa — avalia o gerente.
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O Avaí enfrenta a Chapecoense no primeiro jogo da final do Campeonato Catarinense, neste domingo (23), às 16h, na Ressacada. Com a melhor campanha na primeira fase, o Verdão do Oeste tem a vantagem de ser campeão em caso de igualdade nos pontos e saldo ao fim das duas partidas. A decisão do título está marcada para a próxima quarta-feira (26), às 16h, na Arena Condá.
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Relação com os jogadores
— Eu sou amigo dos caras, joguei com os caras. Isso, pra fora, pode passar uma imagem que eu passo a mão na cabeça, mas não. Quando tem de tomar a decisão eu tomo. Óbvio que a caneta está na mão do presidente, mas eu dou minha opinião. A gente não faz nada pra prejudicar o clube.
Classificação contra o Brusque
— Acho que os dois melhores times chegaram na final, independente de quem levante a taça. Eu não via nada demais no Brusque para todo mundo apontar como favorito. Acho o Brusque um time entrosado, que merece todo respeito, mas não um bicho-papão como se pintava. Passamos por eles e ainda deu jogo, eu acreditava que não ia dar jogo, após a primeira partida em que fomos muito superiores.
Confusão no jogo em Brusque
— O Brusque pra mim é uma equipe normal e com muitos jogadores folgados em campo, falando besteira para os nossos. A sorte deles é que não estou jogando, se não eles iriam escutar também. O desrespeito que eles tiveram, se eu estivesse jogando, não aconteceria nunca. Falei para os jogadores, pisem neles porque são folgados, se eles ganharem vão rir da nossa cara. Não conseguiram e ainda fizeram um papelão lá no final. Foi um jogador que atirou o copo d’água, mas isso a gente deixa quieto pra não se incomodar.
A entrevista de Douglas
— O contexto da entrevista do Douglas era de brincadeira. Eu entrei no vestiário, 4 a 0 para o Grêmio, vai colocar o Douglas? Todo mundo correndo e está 4 a 0, era a mesma coisa se eu tivesse no banco. Vou entrar em campo e virar o jogo? Falei pra ele não aquecer e para o Valentim não colocar. As pessoas têm que respeitar o profissional, me vi no lugar dele. Isso é transferir a responsabilidade do treinador para o jogador. Ele foi em um programa de comédia, o Duda é comediante. A ocasião fez ele falar daquela forma.
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