A prisão do marqueteiro João Santana já contribui para o desgaste político da presidente Dilma Rousseff e atrapalha as negociações junto ao Congresso para a votação de pautas polêmicas. Neste início de trabalhos legislativos, as atenções miram o destino do marqueteiro e as próximas revelações da Lava-Jato. Enquanto partidos aliados ficam paralisados, a oposição ganhou ânimo. Um comitê suprapartidário foi organizado, com a participação dos movimentos de rua, com a intenção de bombar o impeachment. Enquanto isso, a presidente tenta reagir, assumindo o comando da articulação política. Ontem, pela primeira vez, ela recebeu a bancada do PTB na Câmara para um almoço no Palácio da Alvorada. Serviu peixe, regado a vinho gaúcho, e a defesa da reforma da Previdência como sobremesa.
Continua depois da publicidade
Não surpreende que o marqueteiro João Santana tenha se apresentado à Justiça em Curitiba (PR) sem carregar celular ou tablet. Advogados dos envolvidos na Lava-Jato têm aconselhado os clientes a não ficarem mais de três meses com o mesmo aparelho, além, é claro, de evitarem a troca de mensagens. Ouça o comentário de Carolina Bahia: