Um leitor da Hora e telespectador do Jornal do Almoço me escreveu para dizer não compreender por que em delegacia especializada em atendimento de mulheres apenas policiais femininas deveriam trabalhar no atendimento. E questionou: professor homem não leciona para mulheres? Médico homem não atende mulheres? E citou uma centena de profissões em que um gênero atende o outro sem nenhum problema. Para ele, quanto mais lutarmos para que exclusivamente mulheres atendam mulheres em Delegacias, mais irá afastar os homens de sua responsabilidade e missão de atender bem, educadamente e com respeito a qualquer pessoa que o procure.
Continua depois da publicidade
Penso que, por ora, a intenção ainda é preservar a vítima dando-lhe condições para se expressar com mais liberdade sobre a agressão ou o ataque sofrido. Elas certamente se sentirão mais à vontade para detalhar com outra mulher do que com um homem, por mais educado e atencioso que ele seja.
Quando essas delegacias foram criadas, o atendimento era integralmente feito por mulheres, mas quando homens, muitas vezes embriagados, começaram a ser trazidos na madrugada para depoimentos, foi preciso escalar também alguns policiais masculinos para conseguir dominá-los.
Tomara evoluamos no sentido de tua sugestão meu querido leitor, homens e mulheres atendendo (e bem) homens e mulheres… Tomara.
Continua depois da publicidade
Leia a coluna do Mário Motta no site da Hora de Santa Catarina