O Capitão Fabiano de Souza, Gerente de Assistência da Defesa Civil Estadual me disse em entrevista na Rádio CBN Diário que o custo do aluguel/mês de um caminhão pipa chega a R$ 45 mil. Disse ainda que uma empresa especializada de São Paulo que atende a Prefeituras de vários Estados brasileiros cobra bem mais barato – R$ 30 mil em média por caminhão/mês. Por isso SC está preferindo investir esse valor diretamente nos municípios. Mesmo assim, é muito dinheiro que rola com a estiagem. Não valeria a pena preparar-se de outras formas, quem sabe adquirindo caminhões e estruturando o serviço público para atender essas intempéries? Afinal, secas e cheias são como o carnaval – todo o ano tem.
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Provisório/definitivo
Por falar em empresas especializadas no aluguel de equipamentos, caminhões e veículos, muitas pequenas prefeituras tornam-se “reféns” delas, por falta de organização e de manutenção. A prefeitura compra uma máquina, ela quebra e fica na garagem ou na oficina. Enquanto isso, aluga-se outra semelhante. Compra um caminhão para a coleta de lixo. Ele quebra, fica na garagem e a prefeitura aluga um provisório/definitivo. Compra um caminhão pipa. Ele quebra, fica na garagem e a prefeitura aluga outro. Enfim, a “estória” se repete com muita frequência e o círculo vicioso dificilmente é quebrado.
Show pirotécnico?
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Prefeito da palhoça Ronério Heiderscheit foi à Porto Alegre ultimar detalhes do projeto para o transporte marítimo, cujos catamarãs pretende por na água de sua cidade em 180 dias. Mas, não deixou de cutucar os demais prefeitos e outros (des)interessados da Grande Florianópolis na implantação do sistema regional. Para ele, o ideal seria tratá-lo como uma necessidade da região metropolitana. Aliás, acrescento – não só o transporte marítimo, mas o terrestre, a saúde, segurança, saneamento etc. Caso contrário, diz o leitor Sabiá, de nada adianta – é mais um show pirotécnico.
Estagiários observadores
Deficiente em pessoal, a Polícia Militar certamente terá muita dificuldade em atender satisfatoriamente a “leitura” das câmeras das centrais de videomonitoramento que estão sendo inauguradas semanalmente, aliás, iniciativa digna de elogios. Para o leitor Luiz Carlos Bado, “não seria o caso de contratar universitários como observadores de câmeras, a título de estágio? Sabemos que o serviço público é bastante moroso e enrolado quando se fala em contratação, mas se conseguiram aposentar como inválido pessoas sadias, certamente encontrarão formas legais de desatar esse nó, não é?”. Independente da sugestão, penso que seja mesmo uma boa ideia.