A nota sobre cães na Praia dos Açores, sul da Ilha de SC, repercutiu bastante e publico a seguir a primeira manifestação que recebi no final da semana sobre o tema. A intenção da coluna era exatamente essa: provocar reação e, embora também tenha sugerido algumas ações, certamente nossa missão é justamente fazer a ponte entre o problema e sua solução. Hoje publico a nota enviada pela leitora Jaqueline Barbosa, a quem muito agradeço:
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— Caro Mário, a respeito da nota referente à quantidade de cães abandonados nos Açores: você pode indicar uma Ong que resgate, castre, faça lar temporário e encontre uma família para os cães? Porque eu desconheço. Todos os abrigos estão lotados, as Ongs estão falidas e não existe apoio do governo. Todos esses cães que viu na foto não têm dono. São fruto do abandono de humanos, a mesma espécie que ironicamente reclama dos cães na praia. Aqui no bairro, graças ao esforço dos moradores engajados nessa causa, dezenas de animais foram resgatados, castrados e encaminhados para adoção. Existe inclusive um grupo de WhatsApp feito para identificar e tentar ajudar os cães que não param de ser “desovados” na região. Esses cães citados na matéria, foram todos castrados, mas não conseguimos ninguém que os quisesse adotar ainda. Os moradores cuidam deles com muito carinho enquanto isso. O pior cenário seria que os órgãos públicos decidissem tirá-los dali e colocá-los num abrigo lotado para viverem para sempre trancados em gaiolas. A matéria poderia ter incentivado adoção, ao invés de somente apontar o dedo para o problema. Se todo mundo que ficasse ‘abismado’ e incomodado com as fezes decidisse adotar um dos cães, o problema estaria resolvido. Aguardar que uma Ong magicamente resolva esse cenário, é pura desinformação e um desserviço à comunidade.
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