De posse do pré-relatório de vistoria nas estações de tratamento de esgoto da Casan na região, produzido pela Fatma, fiquei estupefato. Nove estações de tratamento operam sem licença ambiental. Em algumas, não há sequer operadores e, na ETE do Bairro João Paulo, uma mulher sem treinamento é quem opera o sistema. A dosagem de cloro é feita no “chutômetro”. Em praticamente todas as estações a emissão do efluente final ocorre em área sensível e frágil com contaminação. E ninguém será responsabilizado por isso?

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Há alguns anos

Ontem, recebemos no Jornal do Almoço os presidentes da Fatma, Murilo Flores, e da Casan, Dalírio Beber. Constatamos que estão propensos a buscar soluções para a situação crítica. Murilo está há três anos à frente da Fatma e Dalírio há um ano e meio na Casan. Perguntei se a Fatma nunca tinha feito uma vistoria assim e a informação é que, tão profunda, não. E as diretorias anteriores da Casan não se preocuparam com as licenças ambientais? Certamente, não. Lucros aos diretores, distribuiram, sim.

Caso de Polícia?

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Há uma área no Kobrasol que já foi mais complicada para se morar. As casas noturnas foram se adequando, buscando o tratamento acústico e hoje não incomodam mais a vizinhança. Se o fazem, não é na mesma proporção de épocas não tão recentes. No entanto, os frequentadores dessas e de outras casas continuam desrespeitando o sono alheio e, quando deixam os locais, o fazem com conversas balizadas pelo teor alcoólico, colocando o som de seus carros na maior altura possível, como se ainda estivessem na pista de dança. Sei que isso é questão de respeito e educação, mas também pode ser caso de polícia.

Já chegou o Tenofir?

Quem contraiu uma hepatite viral crônica, por exemplo, precisa tomar diariamente um remédio chamado Tenofovir. Por ser de altíssimo custo, o Ministério da Saúde distribui aos estados, que por sua vez encaminham aos municípios que faz a distribuição. No início do mês, embora já estivesse no depósito na quinta-feira, só chegou às mãos de quem necessitava na segunda-feira. Ora, é mais do que urgente respeitar os seres humanos que não podem deixar de tomá-lo um dia sequer por causa da burocracia ou da preguiça. A quem responsabilizar?