Recebi do artista Joi Cletson Alves, historiador e pesquisador do Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC, manifestação indignada do que considera “uma agressão ao projeto original do monumento em homenagem aos 250 anos da assinatura do Edital Régio que convocava casais açorianos para migrarem para o Brasil Meridional (Santa Catarina)”.
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Em 1996 a UFSC, através do Núcleo de Estudos Açorianos, organizou um concurso em nível nacional para a construção do primeiro monumento para homenagear a herança cultural dos açorianos na formação cultural do Estado de Santa Catarina, na cabeceira continental das pontes, ao lado do antigo Terminal Turístico da capital. O vencedor do concurso foi o artista plástico Guido Heuer, de origem alemã.
A obra apresentava vários ícones da cultura açoriana como a janela e a porta com arcos abatidos da arquitetura luso-brasileira, a roda de carro de boi, a renda de bilro, o pão-por-Deus, a coroa do Divino, a cerâmica e outros elementos e técnicas construtivas que os ilhéus açorianos trouxeram para o litoral de Santa Catarina. Na inauguração do monumento, em agosto de 1996, o presidente dos Açores esteve presente à solenidade.
No original, o monumento era todo azul. Com a reforma recente, ele foi pintado de branco e, por mais ¿boa intenção¿ de quem determinou a mudança, ela nunca deveria ter ocorrido e as cores do monumento original deveriam ter sido respeitadas. Além do estranho sumiço da roda do carro de boi que compunha o pé do monumento, a mudança da cor descaracterizou o que o artista plástico havia proposto. As fotos mostram como era e como ficou.
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