Leitor desde a primeira edição do jornal, Carlos Santiago é vigilante e aproveita suas horas de folga para produzir artesanatos. Recentemente, resolveu reformar uma mesinha e dedicou o trabalho, com muito capricho, a todos os colegas que produzem a Hora, especialmente aos colunistas. Fã do Zé Mané e avaiano de quatro costados, o querido Carlos é pai do Michel, que também é nosso leitor. Aos dois e aos familiares, nosso melhor agradecimento pelo carinho.

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O Pererê e o Halloween

O Halloween – Dia das Bruxas, nos Estados Unidos – também foi comemorado por aqui, e a cada ano observo uma crescente participação de crianças e mães. As escolas de língua inglesa aproveitam o momento para estimular os jovens a conhecerem um pouco mais da cultura estrangeira. No portão de casa, pelo menos em cinco oportunidades atendi à provocação: “Doçuras ou travessuras?” Quando eu indagava quais travessuras seriam feitas se eu não lhes desse doçuras, riam e não sabiam o que responder. No final, um punhado de balas resolvia o impasse. Mas para todos eu fiz a mesma pergunta: “Vocês conhecem o Saci Pererê?” Apenas um disse que sim. Nada contra conhecer a cultura do mundo, desde que a nossa seja conhecida e valorizada.

Por falar em Saci Pererê

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Se você ainda não conhece a história do Saci Pererê, vale um convite imperdível. O Grupo Teatral Independente apresenta neste fim de semana – sábado e domingo, às 16h -, no Teatro Álvaro de Carvalho, o espetáculo “As Travessuras do Saci Pererê”. A produção de Valdir Dutra e seu grupo integra o projeto Teatro pelos Bairros, apoiado pela prefeitura. A entrada é inteiramente grátis, basta retirar seu ingresso na bilheteria do TAC até às 15h. Cada pessoa pode retirar até três ingressos, que valerão sempre para a próxima sessão. Não percam.

Até quando?

Na prefeitura há dois pedidos de licenciamento para Crematórios, mas o processo é lento. Talvez seja a solução para uma questão que muito nos preocupa. Nos dois principais cemitérios municipais, o São Cristóvão (Capoeiras) e o São Francisco de Assis (Itacorubi), que juntos possuem 38.450 sepulturas e 1.205 gavetas, encontram-se sepultados 92.812 mortos, e por mais que se faça, vai chegar o dia em que não haverá vaga para mais nenhum corpo. Será que só quando isso ocorrer iremos pensar em outras alternativas? Até quando sepultaremos nossos mortos em valas ou carneiras? Precisamos evoluir na cultura da preservação do que naturalmente veio do pó e ao pó voltará.

“Viva todos os dias de sua vida como se fosse o último. Um dia você acerta!”

– Mário Quintana.