São José está mais segura com a inauguração do sistema de vídeo-monitoramento, composto, inicialmente, por 30 câmeras fixas, além das nove que já estão em funcionamento e uma câmera móvel, que será utilizada em eventos. Poderão ser removidas placas de publicidade específicas e feitas podas em árvores que estejam bloqueando a visibilidade. Em alguns pontos também foi solicitado o reforço da iluminação para que as imagens sejam registradas com maior clareza.
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A prisão de cada um
Em entrevista paraa revista gaúcha Red 32, o psiquiatra Paulo Rebelato disse que o máximo de liberdade que o ser humano pode aspirar é escolher a prisão na qual quer viver. Pode-se aceitar esta verdade com pessimismo ou otimismo, mas é impossível refutá-la. Liberdade não é uma calça velha, azul e desbotada, e sim, nudez total, nenhum comportamento para vestir. A sociedade não nos deixa sair à rua sem um crachá de identificação. E conclui: “Diga-me qual é a sua tribo e eu lhe direi qual é a sua clausura”.
Você pode escolher
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São cativeiros bem mais agradáveis do que Carandiru: podemos pegar sol, receber amigos, comer bons pratos, ou seja, uma cadeia à moda Luis Estevão, só que temos que advogar em causa própria e, habeas corpus, nem pensar. O casamento pode ser uma prisão. E a maternidade, a pena máxima. Um emprego que rende um gordo salário trancafia você, o impede de arriscar novos voos. Tudo que dá segurança ao mesmo tempo escraviza. Portanto, curta sua liberdade assistida, nem que seja só por tua consciência.
Prisão domiciliar
No entanto, o que mais nos preocupa, na atualidade, é a prisão em que estamos nos metendo dentro de nossas próprias casas. Quem deveria nos oferecer segurança também está entregue à própria sorte. Faltam seres humanos, viaturas (e até combustível), armamentos e munições e faltam estímulos. E mesmo assim, a maioria dos policiais ainda leva no osso do peito a missão de nos proteger.