Recentemente ao visitar meu cunhado que se encontrava na UTI do Hospital da Unimed em São José, encontrei com o Carlos Saraiva, pai da jovem Rafaela, de 17 anos (internada no leito ao lado). Ela havia sido atropelada na SC-401, no norte da Ilha de SC, quando caminhava no acostamento com amigos na noite de 17 de abril e cujo motorista fugiu sem prestar socorro.

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A jovem sofreu traumatismo craniano, e nos últimos dias os outros órgãos entraram em falência. Nem mesmo uma cirurgia de emergência no domingo conseguiu mantê-la viva. Senti a imensa dor do pai ao lado do leito da filha ainda em coma, mas principalmente sua frustração em relação à justiça de nosso país. Naquela oportunidade, ele me perguntava por que a polícia não agia objetivamente em relação ao motorista fujão. Testemunhas relataram ter visto um veículo branco Volvo XC60 atingir os jovens e as câmeras da Polícia Rodoviária Estadual flagraram o carro passando em alta velocidade pelo pedágio desativado na SC-401 momentos depois.

Nem mesmo essas testemunhas, fotos do suposto veículo mostrando marcas na lataria e no para-brisas e até a “identificação nominal” do principal suspeito foram suficientes para que a Polícia ao menos, o levasse à Delegacia prestar depoimento.

Por que o atropelador não parou para atender a vítima? Como ele irá conviver com sua consciência daqui em diante? Embora a jovem Rafaela não volte à vida, o que seus familiares esperam (e nós também) é que a justiça seja feita.

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