A ação de fiscalização da Casan na Praia do Campeche, no sul de Florianópolis, para identificar ligações clandestinas à rede de esgoto sanitário rendeu alguns lacres e muita conscientização. Realizado em parceria com o Programa Floripa Se Liga na Rede e com o apoio do Movimento SOS Campeche Praia Limpa, foram vistoriadas cerca de cem caixas de inspeção e identificadas seis ligações clandestinas ao sistema, que ainda não está em operação.

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Foram coletados aproximadamente 24 mil litros de esgoto despejados clandestinamente na rede. Essa infração causa o transbordamento do esgoto nas vias públicas. Por solicitação do Movimento SOS Campeche Praia Limpa, a equipe também visitou restaurantes na Avenida Pequeno Príncipe, verificando as fossas sépticas do estabelecimento e conscientizando para a importância de utilizá-las corretamente. Também houve orientação para os moradores, com a distribuição de informativos e esclarecimento de dúvidas.

Não é só a burocracia que emperra o trabalho

Tenho me perguntado como o trabalho das concessionárias de água e esgoto poderia ser mais ágil, não fosse dificultado pela burocracia, pelos atropelos da legislação e por recursos em questões que envolvem o meio ambiente. Especialmente na coleta e tratamento de esgoto, o princípio básico deve ser o cuidado com o ecossistema e assim deve ser feito. Mas o planejamento também é fundamental.

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Muitas vezes a rede coletora é instalada e fica aguardando dois, três ou mais anos a construção de uma estação de tratamento até que possa entrar em funcionamento. Será que o correto não seria primeiro construir a estação de tratamento? Ou quem sabe ligar a nova rede a um sistema já conectado a uma estação? Depois a empresa é obrigada a ir para a rua fiscalizar, lacrar ligações irregulares e orientar novamente os moradores para que ainda não usem uma rede que liga nada a lugar algum.

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