Três versões da Bíblia católica, uma em texto, uma em áudio e outra em braile, expostas em local de destaque em todas as bibliotecas das escolas de Florianópolis, sejam elas públicas ou particulares. Assim determina a Lei que foi aprovada na Câmara Municipal de Florianópolis, proposta pelo vereador Jerônimo Alves, que é bispo da Igreja Universal, publicada na última terça-feira, no Diário Oficial da prefeitura, já está valendo, e começa a ser contestada por professores e representantes de outras religiões.
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A principal justificativa do autor do projeto de lei aprovado é que a iniciativa é uma forma de dar mais acesso ao livro. Talvez sua equipe não tenha pesquisado mais profundamente ou teria descoberto que para uma única edição completa da Bíblia em Braile, são necessários pelo menos 38 volumes.
Segundo o professor João de Paula, que é filósofo e cego, a intenção pode ser a melhor possível, mas certamente não deveria motivar uma lei. Aliás, se a determinação legal não for cumprida, qual será a punição?