O Dia Nacional de Conscientização da Pessoa com Nanismo é 25 de outubro, próxima quarta feira. Coincidência ou não, o fato é que o escritor Walcyr Carrasco vai abordar a questão na nova novela das 21h da Globo, O Outro Lado do Paraíso. Juliana Caldas vai estrear em novelas, interpretando uma mulher (Estela) que é rejeitada e menosprezada por sua mãe, Sophia (Marieta Severo), por conta do nanismo.

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O que certamente não é coincidência foi o convite do Colégio Municipal Maria Luiza de Melo, da Rede Municipal de Ensino de São José, para a Liana Cristina Hones participar de um bate-papo com os alunos do 5º ano. Ela é um exemplo da vida real que está bem perto de nós, um exemplo de superação diante das diversidade da vida e tem muito a ensinar. Ter a oportunidade de conversar com Liana, pessoa que emana simpatia e contamina com seu bom humor e visão de mundo, foi um momento maravilhoso. Vidas iguais, mesmo com tamanhos diferentes é uma frase extremamente importante quando falamos de nanismo.

Quem é Liana Cristina Hones?

É Bacharel em direito e funcionária de carreira da Secretaria Municipal de Administração de São José. Com carinho, Liana respondeu várias perguntas sobre preconceito, se era casada, se tinha namorado, se morava sozinha, até se sabia cozinhar. Liana não poupou palavras para atender a todas as crianças, e ao final de uma das perguntas, disse sorridente:

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— Meu intelecto está preservado, meu nanismo não me impede de viver uma vida normal e com qualidade, além de assumir responsabilidade na minha profissão — disse.

Quando questionada de como se sente diante da sociedade, disse que ainda há muito a melhorar, porque “o diferente” causa curiosidade, mas o que realmente a incomoda é o olhar “descarado”, inclusive fazendo apontamentos e fotografando. Quanto à acessibilidade, ela cita os limites, porém sempre dá um jeitinho de superá-los. É uma questão de adaptação.

Liana, durante a palestra
Liana, durante a palestra (Foto: PMSJ / Divulgação)

Liana pensa em criar uma Associação em São José

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Com a ideia de criar uma associação em São José voltada para as pessoas com nanismo, Liana observa que são muitos os objetivos e cita alguns: “causar mais visibilidade e batalhar por políticas públicas que possam beneficiar ainda mais as pessoas portadoras”. Completa ainda:

— Não nos julguem pelo nosso tamanho, mas pelo nosso caráter e pela nossa capacidade.

A secretária de Educação de São José, Méri Hang, esteve no encontro e acrescentou que é preciso acabar com o preconceito na hora contratar pessoas com nanismo, até porque, diz ela, o profissional não terá o seu desempenho afetado por isso. Falou também como mãe:

— Temos de preparar os filhos para o mundo, dar as sementes necessárias para que colham a vida com coragem — observou a secretária.

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