O pescador Acidio Vegini, de 75 anos, continua desaparecido uma semana após o naufrágio do barco ‘Weríssimo Silva‘, entre as ilhas dos Remédios e Feia, em Balneário Barra do Sul. Ele era um dos sete tripulantes da embarcação que virou após ser atingida por uma onda e chocar-se contra uma rocha. A Marinha do Brasil anunciou a suspensão das buscas na manhã desta sexta-feira (16).
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O Corpo de Bombeiros Voluntários de Balneário Barra do Sul deve continuar a procura pela vítima na área em que o barco afundou.
O acidente foi registrado por volta das 8 horas do dia 9 de junho. Sete homens estavam na embarcação no momento do acidente e cinco deles foram resgatados com vida. Astrogildo Olegário da Silva, de 71 anos, não resistiu e morreu no local. O aposentado Acidio Vegini desapareceu no mar e ainda não foi encontrado. A embarcação foi retirada da água ainda na última sexta-feira.
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Em nota, o Comando do 5º Distrito Naval informou o encerramento das buscas depois de sete dias e uma varredura em uma área total de 455 quilômetros quadrados. As buscas se concentraram entre Balneário Barra do Sul e São Francisco do Sul, no Litoral Norte Catarinense.
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Conforme a Marinha, durante a procura por Acidio, foram usados dois navios, um helicóptero e três equipes de resgate, além do auxílio dos bombeiros e da polícia militar.
Para a decisão o 5º Distrito Naval considerou ‘a probabilidade de localização de sobrevivente em função do tempo decorrido, a temperatura de água e o estado do mar’. Segundo o órgão, a operação ficará suspensa até o surgimento de novos indícios da localização do desaparecido.
A Marinha informou ainda que se solidariza com a família do pescador e instaurou um inquérito administrativo para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente.
Família vive angústia na espera por notícias
A embarcação pertencia a Valdecir da Silva, 55 anos, e zarpou do cais da rua Barra Velha, em Balneário Barra do Sul, por volta das 6h30 da última sexta-feira. No ‘Weríssimo Silva’ estavam Valdecir e mais seis amigos, entre eles Acidio, que, segundo sua filha Daiane, tinha a pescaria como um hobbie.
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A angústia da família começou cerca de 1h30 depois da partida, quando o grupo foi surpreendido por forte corrente marítima e a embarcação acabou se chocando contra a encosta e virou. Hoje, uma semana depois da tragédia, a família ainda espera pela localização de Acidio.
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Para Daiane Vegini, uma das quatro filhas dele, a família acredita que passada uma semana, encontrar o pai com vida é difícil, mesmo assim ‘sempre há uma esperança’.
Segundo ela, neste momento, a angústia e aflição maior são o fato de o corpo do pescador não ter sido encontrado.
– Nossa família é apegada a Deus e com os dias passando o coração vai aceitando e o que fica é a angústia de não saber onde ele está pelo menos para que possamos fazer uma homenagem de forma digna, da maneira que ele merece – emociona-se.
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Daiane conta que o pai iria completar 49 anos de casado com sua mãe, Geanete, a qual ela presta apoio em Joinville, onde reside a família. Os outros irmãos acompanham de perto as buscas pelo pai.
O Corpo de Bombeiros Voluntários de Balneário Barra do Sul informou que apesar da suspensão das buscas pela Marinha, vai continuar a mobilização para encontrá-lo.
As buscas seguem concentradas na região do acidente com auxilio de uma lancha e mergulhadores e não têm data para terminar. O resgate conta ainda com apoio de equipes de Joinville, Indaial e Araquari.