Uma placa em agradecimento pelos trabalhos como jogador e dirigente marcou a saída de João Carlos Giovanaz, o Maringá, do cargo de gerente de futebol da Chapecoense. Ela foi entregue pelo presidente do clube, Plinio David De Nes Filho, justamente quem o demitiu em reunião realizada no sábado. Na ocasião ambos combinaram de não falar sobre o assunto até a realização da coletiva.
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Antes da entrevista Maringá distribuiu um “currículo” mostrando a carreira vencedora como jogador, onde foi campeão catarinense pelo Joinville, em 1985, e pela Chapecoense, em 1996, além e ter disputado a Libertadores de 1992, pelo Cerro Portenho.
Como dirigente da Chapecoense foi campeão Catarinense em 2011 e 2017, conquistou os acessos para a Série B do Campeonato Brasileiro em 2012, para a Série A, em 2013, além da permanência em 2014, da melhor campanha do Brasileirão em 2017, com o título simbólico de campeã do returno e classificação para a Libertadores.
Ele entrou na sala da coletiva juntamente com o presidente. Trocaram elogios e abraços, em clima de amigos que tiveram alguma divergência, mas agindo como cavalheiros. O presidente falou da amizade com Maringá desde 1995, quando o então jogador foi contratado. E de quanto foi duro comunicar a decisão de comunicar a demissão.
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Ele afirmou que foi o porta-voz de uma decisão tomada em conjunto com outros diretores, mas admitiu que houve consenso sobre a decisão.
– Foi uma decisão administrativa tomada em função da sobreposição de funções. Trata-se de um amigo, mas é uma decisão que se impõe a mim como presidente do clube. As coisas do dia-a-dia às vezes não saem como gostaria que fosse – disse o presidente.
Ele afirmou que não recebeu reclamações de jogadores sobre o dirigente, estacou sua competência mas falou vagamente sobre algumas repercussões negativas em redes sociais e mudanças na estrutura da Chapecoense. E destacou que o cargo não será preenchido por outra pessoa.
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Maringá disse que ficou magoado quando, estando acompanhando a Copa da Rússia, soube da liberação de Apodi, Nadson e Arthur Caike. Ele lamentou não ter sido consultado. Pediu uma reunião com o presidente no seu retorno ao Brasil e foi comunicado da saída.
– É difícil assimilar a ideia, é como construir uma casa, ir melhorando, por seu trabalho e de repente você tem que sair da casa – reconheceu.
O gerente falou também sobre seu relacionamento com o diretor-executivo Rui Costa e confirmou que havia divergências de opinião, que não eram amigos a ponto de se visitarem em casa mas que havia lealdade no trabalho e que isso resultou num time vitorioso.
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– O Rui é um cara digno. Discordamos em sala fechada. Não teve sacanagem. Juntos fizemos um grande trabalho – avaliou.
Aos 55 anos, Maringá disse que já recebeu algumas sondagens e que pretende continuar trabalhando com futebol. Quem sabe até na Chapecoense. Afinal, não seria seu primeiro retorno.
– Saio tranquilo pois nos momentos em que a Chapecoense mais precisou, como após a queda do time no Catarinense de 2010 (o que acabou não acontecento de fato) e na queda do avião, eu estava presente – destacou.
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