A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, voltou a criticar o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) sobre o Código Florestal Brasileiro.

Continua depois da publicidade

– Lamentavelmente, a proposta que está aí não é aquela que coloca o Brasil na agenda do século 21. É a agenda que continua olhando para traz, antes da Constituição de 1988.

Segundo Marina, dizer que as atividades agrícolas podem ser consideradas de interesse social e que por isso não precisam respeitar a reserva legal, nem as áreas de preservação permanente, é um retrocesso.

– Lamentavelmente, nós estamos olhando para traz, para o retrocesso, não para o futuro. Não para a sociedade que aponta ganho do encontro entre economia e ecologia de uma agricultura, que cria uma nova narrativa para se combinar a preservação das nossas bases naturais de desenvolvimento e aumento de produção por ganho de produtividade e não por flexibilização na legislação ambiental.

Continua depois da publicidade

Para Marina, o sensato é não votar hoje o Código Florestal até mesmo porque o texto apresentado contém várias “pegadinhas” e precisa ser amplamente analisado e discutido com a sociedade. Ela denunciou que só a perspectiva de aprovação do texto já levou ao aumento do desmatamento no Mato Grosso, no sul do Amazonas e em Rondônia.

Entenda os pontos mais polêmicos

Em gráfico, saiba o que muda se o projeto em discussão for aprovado: