Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira em Brasília, a ex-senadora Marina Silva frustrou quem esperava uma definição sobre o seu futuro político. Ela deixou para o sábado o anúncio da sua decisão de se filiar ou não a um partido político para concorrer à Presidência em 2014.
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– Eu ainda tenho uma longa noite e um dia. Ainda estou num processo decisório – disse.
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Na quinta-feira, por seis votos a um, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o pedido de criação da Rede Sustentabilidade, alegando que o número mínimo de assinaturas de apoiadores não foi atingido. A ministra Laurita Vaz, relatora da matéria, argumentou que o “fator tempo mostrou-se decisivo”.
Na coletiva desta sexta, Marina usou frases de efeito, como dizer que defende que “se tome posição” em vez de reduzir a política a oposição x situação, e também afirmou que sua decisão será “programática e não pragmática”, reafirmando seu discurso característico, o de propor uma nova política:
– Penso em tomar a decisão que seja a melhor contribuição para a renovação da política e das instituições.
A Rede afirma ter recolhido desde fevereiro mais de 900 mil assinaturas e que, após uma peneiragem, 640 mil foram encaminhadas aos cartórios para certificação. Destas, no entanto, apenas 442,5 mil foram validadas – cerca de 50 mil abaixo do exigido em lei.
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Segundo os idealizadores da sigla, os cartórios, além de descumprir prazos legais, teriam rejeitado assinaturas sem apontar justificativa. Em seu voto, a relatora ponderou que a tarefa de provar a autenticidade é do partido e não dos cartórios eleitorais.