Conhecida pela originalidade na década de 80, hoje ela segue como um dos maiores nomes da música brasileira. Pela primeira vez em 30 anos de estrada, a cantora e compositora Marina Lima apresenta sábado em Blumenau um show solo: No Osso.

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No repertório, além dos grandes sucessos, canções novas como Partiu e Da Gávea. A artista revela que a turnê já rendeu um disco ao vivo, que deve ser lançado em breve:

– Está em fase de mixagem. Gravei aqui em São Paulo, no Sesc Belenzinho, e até o final do ano deve sair. Mas no ano que vem penso em começar a me dedicar a um novo projeto de inéditas.

Em entrevista ao Anexo, a cantora falou sobre a apresentação, recomendações musicais e posicionamento na luta contra o preconceito:

O que o fã pode esperar de um show seu só com voz e violão, como é o clima proposto?

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É um clima de intimidade e conexão com o público. Não há outro tipo de alicerce ou adorno. Se bem que, para Blumenau, estou abrindo uma exceção: estou levando comigo o Edu Martins, grande músico e produtor, que já me acompanha há alguns anos. Mas não deixa de criar um clima muito próximo ao público por isso.

Como foram escolhidas as músicas do repertório? O que não deve faltar?

As canções escolhidas foram as criadas a partir do violão. Ou seja, ele tem um papel determinante nos arranjos e nas molduras criadas. Por exemplo, Fullgas, It’s Not Enought, Virgem, O Chamado e algumas que recriei no violão, mas que não são de minha autoria, como Noite e Dia, Pessoa e Carente Profissional.

Recentemente você esteve no Circo Voador em uma campanha do programa Rio Sem Preconceito contra a homofobia, racismo, intolerância religiosa ou qualquer forma de discriminação. Como você vê o papel de artistas na luta pela intolerância?

Acho que vivemos num momento da história em que é necessário todos se colocarem. Isso é que vai fazer a diferença. Pode ser incômodo para algumas pessoas (até para mim, às vezes) ter que opinar ou se colocar sobre assuntos que aparentemente são tão distantes de sua vida. Mas a questão não é mais individual, é coletiva. As liberdades que precisam ser legitimadas são para a sociedade.

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O que você tem ouvido ultimamente? Alguma banda ou artista novo que recomenda?

De novo tem os discos do Filipe Catto, Tomada, e o do Arthur Nogueira, Sem Medo Nem Esperança. Quero muito ouvir o novo da Letuce. Para ser sincera, não me vejo fechando totalmente com os álbuns que tenho ouvido, mas muitos têm músicas bonitas, sonoridades interessantes, timbres novos. É por aí que me pega.

Agende-se!

O quê: show solo da turnê No Osso, com Marina Lima

Quando: sábado, às 21h, no Teatro Carlos Gomes (Rua XV de Novembro, 1.181, Centro, Blumenau)

Ingressos:R$ 110, R$ 55 (meia e sócios e acompanhante do Clube do Assinante RBS), R$ 80 (promocional), R$ 90 (plateia superior), R$ 45 (plateia superior meia) e R$ 80 (plateia superior promocional), à venda na bilheteria do teatro e no Blueticket

Mais informações: teatrocarlosgomes.com.br