A chegada dos primeiros veleiros da tradicional regata francesa Jacques Vabre, prevista para quarta-feira, vai marcar a estreia da Marina Itajaí. A estrutura abre as portas para os barcos da competição e para os visitantes da Marejada, de 3 a 15 de novembro, mas só terá a primeira fase de obras oficialmente inaugurada no início de dezembro.

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O restaurante Zephyr, que faz parte da marina, já vai estar em operação. A estrutura de vagas secas está pronta e os primeiros flutuantes a postos. O prédio da administração e a área do posto de abastecimento também, com loja de conveniência. Até agora foram investidos R$ 35 milhões no projeto, e a previsão da empresa Viseu, que recebeu a concessão para a obra e operação da marina, é que o valor chegue ao dobro até a conclusão da obra em 2019.

A construção é feita por etapas e, por enquanto, 330 vagas estarão disponíveis para embarcações _ 160 secas e 170 molhadas _, com espaços que comportam desde motos aquáticas até imensos iates com mais de cem pés, em área com calado mínimo de quatro metros. É praticamente um terço do ousado projeto final, que inclui 900 vagas e o título de maior marina do Brasil. Para se ter uma ideia, a famosa Marina da Glória, no Rio de Janeiro, está em obras para chegar a 655 vagas. A Bahia Marina, em Salvador (BA), tem 600.

Neste primeiro momento a abertura é para recepcionar a regata, mas a partir de 10 de novembro as pré-operações da marina também iniciam. A expectativa é que os 20 primeiros locatários já tenham deixado as embarcações em Itajaí até lá. Nos últimos dias, pelo menos três grandes iates já haviam atracado. Entre eles uma embarcação importada da França e um Azimut 60 pés, que recebe reparos _ o apoio aos estaleiros locais, caso da Azimut, é um dos focos da estrutura.

Os principais clientes, no momento, são dos três estados do Sul. Gente disposta a pagar mensalidades com valores que variam entre R$ 600 e R$ 6 mil para manter seus barcos em Itajaí. Manuel Carlos Maia de Oliveira, diretor do Complexo Marina Itajaí, diz que novas negociações estão em andamento e devem se intensificar após a abertura. A retração econômica, segundo ele, não chegou a afetar as expectativas que cercam o empreendimento porque há falta de vagas em marinas no país.

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Desde 2014 a administração investe em divulgação da estrutura em todo o Brasil, inclusive nos principais eventos náuticos, e também no exterior. Os garotos-propaganda são a família Schürmann, que vai manter seus dois veleiros em Itajaí – o Aysso, que já está na marina, e o Kat, que está transportando os velejadores na Expedição Oriente.

Número de funcionários deve saltar de 25 para 2 mil

A marina abre as portas com 25 funcionários diretos. Com a lotação das primeiras 330 vagas, o número deve saltar para mais de 2 mil.

– Itajaí já tem uma cultura de marinheiros, operadores, então não foi difícil encontrar trabalhadores. Para cada função temos mais quatro pessoas selecionadas, para a necessidade de expansão – diz Oliveira.

A administração tem pressa: espera ter ampliado os atracadouros flutuantes até o Carnaval do ano que vem, só dois meses depois da inauguração. Para 2016 também está prevista a segunda etapa da obra, com a construção da área comercial e de um boulevard público que vai integrar o complexo.

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