A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, voltou a criticar nesta segunda-feira, em Recife, o recente escândalo envolvendo a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra e assessores – sobre supostas denúncias de tráfico de influência e cobrança de propinas.

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Apesar disso, ela se esquivou ao ser questionada sobre o convite feito pelo senador Alvaro Dias (PSDB/PR) para que a petista e também presidenciável, Dilma Rousseff, compareça para prestar esclarecimentos sobre o episódio na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

– Isso (denúncia) precisa ser esclarecido institucionalmente, a ministra Dilma assumiu a Casa Civil a partir de uma grave crise, instalada após o caso grave envolvendo o mensalão – disse.

E acrescentou:

– Naquele momento era fundamental ter tomado medidas profiláticas para que isso não voltasse a acontecer, é essa a explicação que precisa ser dada porque, ao que parece, nada foi feito e os problemas se repetem – acrescentou.

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Ainda segundo a candidata do PV, a “inexistência de medidas preventivas” por parte do governo federal foi motivada pelos acordos com partidos aliados.

– As pessoas só querem ligar seus nomes aos acertos e não aos erros.

– A atitude correta é você reconhecer os ganhos, mas ter atitude de confrontar os erros, mesmo que isso incomode quem está na base aliada”, disse Marina, acrescentando que “isso é cuidar adequadamente da gestão pública”.

Para Marina, a investigação do caso deve contar com a participação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e o Tribunal de Contas da União.