O marido de Yara Filomena Werner da Silva foi condenado, nesta quinta-feira (18), em Florianópolis, pela morte da enfermeira em 2022. O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da comarca da Capital sentenciou o homem a 15 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, além de feminicídio.
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Yara desapareceu no fim do mês de março de 2022, quando o próprio agressor formalizou o boletim de ocorrência sobre o desaparecimento da companheira. O corpo dela foi encontrado no dia 4 de abril, carbonizado, em uma área de mata no bairro Itacorubi. A vítima só pôde ser identificada pela análise da arcada dentária.
A motivação do crime, conforme a denúncia do Ministério Público, era ciúme do marido, porque a vítima teria dito que se encontraria com o ex-namorado. O agressor e a vítima viveram juntos por 10 anos e tiveram uma filha. A técnica de enfermagem também tinha outros dois filhos, de outro relacionamento.
Yara chegou a registrar vários boletins de ocorrência contra o marido, mas não deu continuidade às queixas.
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O processo segue em segredo de justiça, mas o acusado teve negado o direito de recorrer em liberdade.
Relembre o caso
Yara tinha 46 anos e era uma profissional ativa no Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC), onde atuava desde 2006. Também era uma mãe muito apegada aos três filhos — uma menina, de sete anos, e dois meninos, de 12 e 14 anos, este último deficiente com paralisia cerebral.
Ela havia saído de casa na tarde de 29 de março de 2022 para ir ao trabalho, segundo familiares relataram à polícia, mas não chegou a aparecer no local desde então. Na ocasião, ela estava com um telefone celular, que não foi encontrado até agora.
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O corpo dela foi encontrado carbonizado no meio de um matagal no bairro Itacorubi por um funcionário de um condomínio no dia 4 de abril.
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