O mistério que envolvia a morte de uma mulher encontrada parcialmente enterrada em um terreno baldio de Blumenau teve fim. O autor do homicídio, marido da vítima, foi preso. Danielle Tilles, 34, foi assassinada porque sabia da participação do companheiro em outro crime, concluiu a Polícia Civil.

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O caso aconteceu em julho, quando agentes de combate à dengue fizeram uma vistoria no local cheio de mato e se depararam com o corpo em avançado estado de decomposição debaixo de pedras, no bairro Itoupavazinha. Segundo o delegado Bruno Fernando, a perícia não conseguiu determinar a causa do óbito com clareza, mas alterações no cadáver demonstraram que Danielle sofreu agressões antes de morrer.

A identificação só ocorreu dois meses depois da descoberta da morte, com a ajuda de exames com a arcada dentária da vítima. A partir disso, delegado e equipe descobriram que o companheiro de Danielle, com quem ela estava há menos de um ano, teria sido o responsável pelo assassinato.

Em janeiro, o homem teria participado da morte de Joel Robson Goll, 35, ex-marido de Danielle. Ele foi encontrado dentro de uma tubulação, também no bairro Itoupavazinha. A motivação ainda não foi revelada pelo investigador, mas a mulher não teve relação com o crime, diz Bruno. Porém, ela sabia que o atual parceiro era um dos envolvidos, já que todos eram pessoas em situação de rua e conviviam bastante.

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Durante as investigações da morte de Joel, a Polícia Civil ouviu Danielle, que revelou o nome de um dos suspeitos da morte de Joel, mas poupou o nome do marido. Com medo que a esposa o entregasse em uma outra abordagem da polícia, o homem então teria matado Danielle.

— Ela chegou a encaminhar áudios a familiares pressentindo o risco que estava correndo ao lado do suspeito — diz Bruno.

A mulher, inclusive, teria sido morta em outro local e levada até o terreno da Rua José Bonifácio. Depois disso, o marido desapareceu da Itoupavazinha. A polícia o localizou na última quinta-feira (19) na Rua Vereador Romário Badia, na Itoupava Norte. Ele deve permanecer preso temporariamente por 30 dias.

O indiciamento será por homicídio qualificado por feminicídio e para assegurar a impunidade em outro crime, além da ocultação de cadáver. Em paralelo, as investigações sobre a morte de Joel continuam. Bruno pretende concluir o inquérito em breve.

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