O marido de Vanisse Venturi, desaparecida há quase um ano em Agronômica, no Alto Vale, foi preso temporariamente na manhã desta quinta-feira (24) em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A defesa tenta reverter a decisão e afirma não haver indícios para a detenção. 

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A movimentação diante da casa onde morava Vanisse chamou a atenção de moradores e motoristas nesta manhã. A residência às margens da BR-470 lotou de policiais, bombeiros e representantes do Gaeco. Além da prisão, as equipes cumpriram um mandado de busca e apreensão. 

Conforme informações apuradas no local pela repórter Vanessa Montibeller, da Rádio Sintonia, dois cães farejadores dos bombeiros militares, que atuaram na tragédia de Brumadinho (MG), fizeram novas buscas pelo corpo nas plantações de arroz no entorno da residência.

A mulher de 39 anos teria sido vista pela última vez no dia 23 de julho do ano passado, quando supostamente saiu de casa levando apenas a roupa do corpo. A Polícia Civil, responsável pela investigação, não dá detalhes sobre o caso, mas diz ter uma certeza: trata-se de um homicídio. 

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“Com base nas evidências reunidas no inquérito policial e nas análises técnicas realizadas pelos policiais da força-tarefa, a investigação fecha o cerco para identificar o verdadeiro responsável pelo desaparecimento de Vanisse, ou o suspeito pelo provável homicídio e ocultação do cadáver”, escreveu a promotoria. 

O esposo, Isonir Venturi, deve permanecer detido por 30 dias. Ele teria se tornado o principal suspeito porque, segundo o advogado do homem, Fábio Slonczewski, os investigadores descobriram que o celular de Vanisse foi desligado após o desaparecimento na mesma área em que ela morava. 

Além disso, na noite anterior ao sumiço, uma testemunha teria visto o casal entrando no galpão ao lado da casa e momentos depois apenas Isonir saindo sozinho. 

— Isso é um absurdo, não há nenhum motivo novo para essa prisão, não há vestígios dela na casa. Ele é o maior interessado em saber onde a esposa está, até quis colocar detetive particular para encontrá-la — contou Slonczewski. 

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A defesa pedirá revogação da prisão ou mudança para medidas mais brandas, já que o marido é responsável pelos dois filhos. Ele alega inocência, mas aguardará novas movimentações no processo no presídio de Rio do Sul. 

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Casamento de 20 anos

A irmã de Vanisse, Vanessa Vieira, contou à reportagem do Santa em outra ocasião que conversou com a mulher pela última vez na manhã do dia 22 de julho, por telefone. O assunto era o desejo de separação por parte de Vanisse.

Não há relatos de violência entre o casal, que viveu juntos por cerca de 20 anos, mas Vanisse queria o fim da relação. Sem saber o paradeiro da mãe, os dois filhos vivem atualmente com o pai na casa de onde ela desapareceu.