Os maricultores da Grande Florianópolis fizeram uma manifestação no Mercado Público da Capital na manhã desta segunda-feira. Vestidos de preto, os produtores recolheram assinaturas dos comerciantes de pescados para entregar às entidades públicas. Desde a semana passada, a extração de ostras, mariscos e berbigões está interditada na região.

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Ainda na manhã desta segunda-feira, os maricultores estiveram reunidos na Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca para discutir encaminhamentos referente à decisão da Justiça Federal que paralisou os trabalhos do setor.

O juiz responsável pelo caso, Marcelo Krás Borges, designou audiência de conciliação para as 14h desta segunda-feira, “a fim de que as partes possam chegar a um acordo e os maricultores não sejam prejudicados”, conforme o despacho expedido na última sexta-feira no processo em trâmite na Vara Federal Ambiental de Florianópolis.

Na semana passada, Borges acatou o pedido do Ministério Público e concedeu liminar exigindo que seja feito um estudo e relatório de impacto ambiental (EIA/Rima), aprovados pelo Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Ibama). O embargo da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) para as localidades da Tapera e Ribeirão da Ilha, após o vazamento de óleo de uma subestação desativada da Celesc, foi o que impulsionou a decisão do magistrado. Um laudo apontou que produto era ascarel, substância cancerígena que pode ter contaminado o mar e os moluscos. Novas análises estão sendo feitas para a confirmação.

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– Tem que responsabilizar a Celesc sim. Queremos é trabalhar e mostrar para o povo que a ostra não está contaminada – afirma o presidente da Associação de Maricultores e Pescadores Profissionais do Sul da Ilha (Amprosul), Ademir Dário dos Santos.

O Diário Catarinense criou uma página para que os leitores opinem sobre a suspensão das atividades, que não têm previsão para serem retomadas. Acesse aqui o mural para ler as opiniões e comentar sobre o caso.