Cinco ranchos de maricultores ficaram totalmente destruídos por conta de um incêndio, de causas ainda desconhecidas, que começou por volta das 20h desse sábado, em Santo Antônio de Lisboa, na Capital.

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Na tarde de ontem, na região da praia, atrás da Praça Getúlio Vargas, ainda era possível sentir um forte cheiro de queimado que vinha do local do acidente. Em meio a madeira queimada, freezers retorcidos e enferrujados pelo calor do fogo continuavam lotados de camarões, ostras e lulas que seriam vendidos pelos maricultores. No chão, um barco de fibra queimado só podia ser identificado pelo resto da quilha e do motor que cravou no chão.

– Não sei nem por onde começar – diz o maricultor Rodrigo Ventura, enquanto olhava para os destroços do rancho de sua família.

No total, oito famílias dependiam dos equipamentos perdidos no incêndio para sobreviver. O rancho dos Ventura, por exemplo, já tinha 24 anos e uma produção de 1 milhão de ostras por ano.

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– Perdemos seis freezers com quase R$ 3 mil em produtos, dois motores, um barco, duas bombas de água, máquina de lavar ostras, televisão… Não sei nem o tamanho exato do prejuízo – conta Rodrigo.

Ainda não se sabe se algum órgão público – Ministério da Pesca ou prefeitura – vai dar assistência aos maricultores. A reportagem da Hora tentou obter informações com os dois, mas não conseguiu o contato.

Comunidade levanta hipóteses

Ninguém sabe por onde começou o incêndio. Rodrigo conta que seu rancho foi o último a ser fechado, por volta de 19h30min de sábado. Ele foi para o Bairro João Paulo, onde mora, e meia hora depois recebeu a notícia que seu negócio estava em chamas.

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Ao todo, cinco caminhões de Bombeiros atenderam ao chamado. Foram gastos 16 mil litros de água, durante quase uma hora e meia, para que o fogo fosse apagado. O sargento Gilson Martins de Andrade, que inspecionou o local, diz não ser possível identificar as causas do incêndio sem uma perícia.

– Primeiro é preciso revirar os escombros para descobrir alguma coisa – afirma Gilson.

Entre a comunidade, as hipóteses mais prováveis da causa do incêndio são de curto circuito – apesar de Rodrigo afirmar que os ranchos tinham instalações elétricas de qualidade – ou raio, já que uma tempestade começou por volta de 20h na região. Segundo o sargento, em até três dias será possível identificar as causas do fogo.

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