Maria Regina Soar é a primeira mulher eleita vice-prefeita na história de Blumenau

Maria Regina de Souza Soar (PSDB), 49, é a única vice-prefeita na história de Blumenau. Com a reeleição de Mário Hildebrandt (Podemos), 51, neste domingo (29), será a primeira vez que uma mulher ocupará o lugar de vice ao lado do titular da chapa. Eles venceram com 72,1% dos votos válidos.

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— A mulher tem que ocupar mais espaços políticos, ter papel importante para pensar políticas públicas. Vou ajudar o prefeito a efetivar as ações do nosso plano de governo com um olhar feminino — defendeu Maria Regina.

Blumenauense, casada, mãe e com um perfil conservador, a vice, que tem experiência em gestão da Saúde, pretende dar uma atenção diferenciada à área mais afetada pela pandemia do coronavírus. Por enquanto, diz não estar no radar acumular outras funções no governo (como uma secretaria), mas essa é uma conversa para outra hora, como afirmou o prefeito reeleito em live do Santa na noite deste domingo.

— A pandemia resultou em exames e consultas represados. Em cirurgias canceladas. Temos um grande desafio nesse sentido. Também quero reforçar as políticas de proteção às mulheres que já temos. Tanto na Saúde quanto na Educação e Assistência Social — resumiu.

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A administradora com pós-graduação em Administração Hospitalar foi secretária de Saúde no governo de Napoleão Bernardes (então PSDB) por cinco anos, gerente regional de Saúde, gerente do Hospital Santo Antônio e secretária municipal em Pomerode.

Durante a pandemia da Covid-19 vinha prestando assessoria à Federação Catarinense de Municípios (Fecam), trabalho que deve voltar a assumir até a posse em janeiro. Esta foi a primeira vez que Maria Regina se candidatou a um cargo eletivo.

Ela não é a única mulher a entrar para a história política da cidade por conta do gênero. A partir de 2021 a Câmara de Vereadores terá, pela primeira vez, duas parlamentares no mesmo mandato. Cristiane Loureiro (Podemos) e Silmara Miguel (PSD) farão parte da pequena lista de sete vereadoras que o município já teve (de 164 cadeiras no Legislativo).

Em comum, as três têm o conservadorismo no discurso e, com isso, deixam de lado pautas do movimento feminista. Se o trio vai encorajar que mais mulheres tentem e ocupem cargos de liderança — independente dos posicionamentos políticos — só o tempo dirá.