O técnico Hemerson Maria não escondeu seu descontentamento com a primeira derrota do Figueirense na Série B do Brasileiro. E dois são os motivos para isso: os gols sofridos para o Bragantino no 2 a 0 no interior de São Paulo. O segundo deles, já nos acréscimos, surgiu após escanteio ofensivo para o Alvinegro, que perdeu a bola e sofreu o contra-ataque. O treinador ainda lembrou que Alípio poderia ter colocado o time na frente quando o confronto estava empatado e por fim reconheceu que o adversário foi superior e mereceu o placar positivo.

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– (Estou) Irritado com a derrota. Esse segundo gol foi em um lance de bola parada, colocamos vários jogadores na área para tentar o empate e tomamos o contragolpe. Resultado merecido, pois o Bragantino colocou um volume intenso a partir da metade do primeiro tempo. Tivemos início razoável. Lamentamos que antes tivemos uma oportunidade clara com o Alípio e que nos daria confiança. É assimilar o gol. A Série B é uma competição de emocional e não pode ficar depressivo com a derrota. O adversário foi superior – falou Maria.

Apesar da primeira derrota na Série B, o treinador rechaçou que o momento seja de alerta aos jogadores. Hemerson citou que o Figueirense estava a um ponto das equipes que ocupavam a zona de acesso e que poderia ter conquistado o lugar entre o grupo em caso de vitória. Mas para ele tem a hora certa de estar entre os mais bem colocados: a última rodada da disputa.

– Não tem sinal de alerta. Entramos com 50% de aproveitamento e um ponto do G-4. Teremos um jogo em casa e nos coloca uma pressão maior, mas sem desespero. O importante é estar no G-4 na última rodada. O campeonato é de regularidade. Pontuamos nos dois outros jogos fora de casa e agora também poderia ter sido assim. Cabe a nós buscar o resultado dentro da nossa casa – reconheceu o treinador.

Por fim, Maria ainda explicou a postura do Figueirense durante a partida no Nabi Abi Chedid. O time teve apenas 26% de posse de bola, optou em se defender e não suportou a pressão feita pelo Bragantino. Isso, aliás, tinha ocorrido contra o Sport, quando o Alvinegro ficou no 0 a 0 em Recife. Na igualdade sem gols diante do Guarani, na estreia da Série B, o estilo de jogo foi outro, pois o Furacão propôs e pressionou o adversário mesmo atuando em Campinas.

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– A postura que pedimos e treinamos é idêntica ao jogo contra o Guarani, pressionando a saída de bola. O Bragantino tem uma saída muito bola e nos empurra para trás, jogando a bola para os pontas na diagonal. Era preciso matar a bola na origem. Quando isso não acontecia, corríamos risco. Em alguns momentos conseguimos sair, mas em outros não. Ficamos encurralados. Pela qualidade do Bragantino e do Sport não conseguimos marcar assim e perdemos o contra-ataque. Quando você pega a bola, os jogadores estão desgastados. Fora de casa temos que ter uma saída rápida e não ficar encurralados – completou.

O Figueirense busca a recuperação daqui a nove dias. Na sexta-feira, dia 31, às 19h15min, o Alvinegro recebe o Atlético-GO, no Orlando Scarpelli, pela sexta rodada da Série B.