Um recuo anormal no mar pôde ser observado no litoral catarinense na manhã desta sexta-feira (20). De acordo com os marégrafos da Epagri/Ciram, a exposição da faixa litorânea foi registrada em Balneário Rincão, Imbituba, Florianópolis e Balneário Camboriú.
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Conforme a Epagri, o fenômeno aconteceu devido aos ventos intensos e persistentes do quadrante nordeste, que provocaram uma onda de longo período no litoral de Santa Catarina, conhecida como “maré meteorológica”.
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O “pico” da maré meteorológica em Balneário Rincão, por exemplo, foi entre às 3h e 7h desta sexta-feira. O local registrou uma onda de 40 centímetros de altura por duas horas e 30 minutos, de acordo com Eduardo Salles de Araujo, oceanógrafo da Epagri/Ciram.
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— Ao contrário das ondas “normais” que vemos quebrar nas praias, com períodos entre quatro e 20 segundos, essa onda de longo período é observada como uma “maré seca” nas praias — explica ele.
Ainda conforme o profissional, o vento nordeste que se mantém constante desde a quinta-feira (19) se intensificou durante a madrugada e a manhã de sexta, o que resultou em fortes rajadas de vento, de 100 a 120 km/h.
As rajadas de vento incidiram sobre o litoral e a plataforma continental de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, além do Uruguai. Segundo Salles, além da maré meteorológica, a ação dos ventos gerou ondas superiores a dois metros no litoral destes locais.
Quais são os riscos
O recuo do mar que é provocado pela maré meteorológica, combinado com as ondas, aumenta os riscos para a navegação costeira na entrada e saída de barras de rios e baías.
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O fenômeno, entanto, não acontece mais durante a tarde desta sexta-feira, conforme a Epagri. Isso porque os ventos que causaram o evento já diminuíram.
A maré segue somente baixa.
*Sob supervisão de Andréa da Luz
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