A penúltima etapa do Brasil Surf Pro foi paralisada às 14h, após uma decisão solicitada pelos surfistas devido a maré cheia, que deixou as ondas mais cheias e as séries cada vez mais demoradas. Uma nova chamada está marcada para 15h30min para o recomeço da terceira fase, que já teve 10 baterias disputadas.
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O destaque positivo deste segundo dia por enquanto é a vitória do catarinense Diego Rosa sobre o potiguar Alan Jhones na oitava bateria. Precisando de um bom resultado para subir no ranking, Diego virou o placar após 15 dos 25 minutos da bateria, e consolidou a vitória com uma nota 8,17 em uma boa esquerda.
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Com o resultado, Diego abriu as portas para outro catarinense, Jean da Silva, assumir a liderança no ranking brasileiro. Jean está escalado para a 13ª bateria da terceira fase, contra o paulista Robson Santos.
– Por enquanto está neutro, porque não disputei a minha bateria – avaliou Jean, após a derrota de Alan Jhones e o problema ocorrido com Léo Neves, outro candidato ao título.
O local de Saquarema estava retornando das Ilhas Canárias, onde disputou a última etapa do WQS vencida por Heitor Alves. Léo teve problemas na conexão do voo entre as Ilhas Canária/Espanha/Brasil e só desembarcou em Florianópolis às 12h15min desta quinta-feira. Pegou um táxi e apareceu na praia 15 minutos após o término da bateria. Mas acabou perdendo por W.O.
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Bicampeão brasileiro, o surfista ficou indignado com a situação e reclamou junto à direção de prova. O presidente da Associação Brasileira de Surfe Profissional, Marcelo Andrade, explicou que o livro de regras da entidade prevê a mudança da ordem da bateria nesses casos, mas apenas na primeira fase dos campeonatos.
Diante da situação, já que a bateria era da terceira fase, Andrade chegou a conversar com Bruno Gallini por duas vezes, na quarta-feira e neste quinta-feira. Foi a alternativa encontrada para incluir Léo Neves no evento. Mas Gallini se opôs a mudança da ordem da bateria e justificou pelo fato de estar em Florianópolis desde segunda-feira, ao lado de outros surfistas que também competiram nas Ilhas Canárias, como Léo.
Segundo Andrade, houve também “a infeliz coincidência” da paralisação do campeonato logo após a bateria de Gallini e Léo Neves.
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– Não podemos abrir uma exceção porque a credibilidade do circuito e da entidade está em jogo. O Léo pediu para atrasarmos o campeonato, mas o mar está dificil, com poucas ondas, e nesses casos a organização da prova tem que acelerar o evento porque tem um prazo para acabar – explica.