Maré alta afeta estrutura de muro no residencial na Ponta do Leal, em Florianópolis

Moradores do residencial Ponta do Leal, no Balneário Estreito, estão preocupados com a situação do muro que separa o condomínio do mar. A estrutura ameça desabar após a maré alta dos últimos meses. Um laudo da defesa civil pede a construção de um muro de arrimo. Ainda sem prazo, a prefeitura prometeu fazer um processo licitatório para construção da estrutura.

De acordo com o morador Ricardo Gouveia Martins (45), o muro começou a sofrer os efeitos da maré alta no fim de março. Logo após a ida de famílias ao condomínio e início da demolição das casas de palafita.

— A maré começou a retirar o material de baixo do muro (terra e barro). Nosso medo é que o muro caia e comece a afetar também a estrutura de um dos blocos do condomínio — contou.

A prefeitura de Florianópolis prometeu um muro de arrimo, que já estava previsto no projeto de revitalização da orla, para ser construído no menor prazo possível. Fábio Ritzman, superintendente de saneamento e habitação, disse que esta etapa também faz parte do projeto de revitalização do espaço.

— A defesa civil já fez um laudo. Agora nós vamos fazer um processo licitatório para executar um muro de arrimo para contenção. Já queremos fazer um muro que sirva de sustentação para a futura passarela, prevista no projeto de revitalização da orla — disse.

Em fevereiro deste ano, 88 famílias se mudaram para o residencial Ponta do Leal. Com isso, a maior parte das casas de palafita foram demolidas. Algumas ainda seguem no local juntas a 10 ranchos de pesca. A prefeitura não deu prazo para a limpeza completa do lugar.