Homem forte da gestão Wilfredo Brillinger no Figueirense, Marcos Moura Teixeira assumiu, recentemente, a vice-presidência de Futebol do clube. A experiência na modalidade, com duas Copas do Mundo e uma passagem pelo Real Madrid, deram a ele a confiança do mandatário do Furacão e o poder de executivo do esporte, uma profissão visada e em evidência no país.
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Marcos Moura Teixeira reconhece a exposição da área, mas alerta contra a glamourização da profissão. O temor é de que com o assédio e as transferências de executivos entre os clubes, os salários cheguem no patamar dos técnicos, o que, segundo o dirigente, é exagerado.
– Eu não acho isso uma coisa muito boa, supervaloriza. Esse deslumbramento é inadequado, não é uma coisa produtiva. Assim, acaba sendo mais problema do que solução. O executivo tem que ter, tem que ser valorizado, mas é preciso tomar cuidado para que não se pague essa conta depois – avalia.
Currículo diferenciado e caminho sem volta
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Primo do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, Marcos Moura começou na área de gerenciamento de equipes estimulado pelo treinador Vanderlei Luxemburgo, com quem trabalhou no Cruzeiro e também na Espanha. Formado em Educação Física pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e com mestrado em Ciências do Esporte, o dirigente acredita que possui uma formação que poucos têm no futebol quando soma-se a experiência em outros clubes – passou por Atlético-PR, Atlético-MG e Fluminense – mas cita outros exemplos de sucesso, como Rodrigo Caetano (Vasco), Felipe Ximenes (Coritiba) e Eduardo Maluf (Atlético-MG).
Membro da Associação Brasileira dos Executivos de Futebol (Abex), Marcos acredita que a função começa a ganhar ares profissionais. Com reuniões frequentes estimuladas pela Abex, os dirigentes se encontram para discutir e se comprometer com pontos estabelecidos, criando um código de conduta.
– É um caminho absolutamente sem volta, pela imposição do mercado, são pessoas que estão muito envolvidas com o clube. Há 10 anos, o pessoal que tocava o dia a dia era do próprio grupo político do clube, então temos alcançado a profissionalização do mercado, e isso não tem volta – acredita.
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