O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), rebateu na segunda-feira as declarações do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, ao dizer que o dirigente da Fifa mereceria um “chute de volta”.

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Segundo Marco Maia, se a declaração existiu ela foi deselegante e não condiz com o papel que qualquer dirigente, de qualquer entidade séria, tenha numa situação como essa. Maia disse que o Brasil vai cumprir todas as suas obrigações, fazer todas as obras necessárias à Copa do Mundo de 2014 e organizá-la da melhor maneira possível.

– Essa declaração merece, na verdade, que a gente dê um chute daqui para lá, de volta, que repudie qualquer tipo de declaração desse nível – disse.

O presidente da Câmara disse que o Brasil recebeu o dirigente da Fifa com toda a atenção e responsabilidade possível e que ele mesmo o recebeu em sua residência.

– O que a gente espera é que haja de lá reciprocidade. Nós compreendemos a ansiedade da Fifa em relação à preparação para a Copa do Mundo de Futebol. Aqui não é nada imposto, nem pelo governo, nem pelas entidades do país, muito menos por entidades de fora do Brasil.

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De acordo com Maia, a Fifa, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o próprio governo e as instituições do Brasil são superiores aos homens. Ele ressaltou que pessoas dizem o que querem, o que entendem “mas as instituições são superiores”. Para Maia, fatos como esse só secretário da Fifa não vai levar a nenhum tipo de rompimento que inviabilize a realização dos eventos esportivos no Brasil.

– Ao contrário, temos que tirar disso ensinamentos, repudiar a declaração, mas continuar trabalhando.

A Lei Geral da Copa deverá ser votada na tarde desta terça-feira na Comissão Especial da Câmara. Depois seguirá para apreciação do plenário da Casa e, posteriormente, será encaminhada à deliberação do Senado.