A permanência do deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SC) na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados foi criticada na quarta-feira pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, também pediu que o partido reveja a escolha do pastor para ocupar o posto.
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– Acho que não há nenhuma dúvida de que não é uma indicação adequada – disse Gurgel, ao deixar sessão do Supremo Tribunal Federal.
Segundo o procurador, mesmo que o assunto seja interno do Congresso, a trajetória de vida de Feliciano mostra que ele “não está minimamente indicado” para presidir a comissão. O procurador considerou positivo o fato de o próprio partido de Feliciano julgar que há outras pessoas mais vocacionadas para o trabalho.
Por meio de nota, o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous, classificou como “um acinte à população brasileira” a permanência de Feliciano à frente da comissão.
“Está mais do que demonstrada a [justa] rejeição que sofre por parte de todas as entidades e de todos aqueles que têm um mínimo respeito pelos direitos humanos em nosso país” – diz o texto.
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